Angola, é um país que começa a criar uma consciência colectiva das suas potencialidades naturais, económicas, e sociais, de acordo com os padrões de uma cultura de matriz europeia.
Outrora, a população angolana distribuía – se ao longo do território, em pequenas aldeias, de preferência junto aos rios ou ao mar, viviam da caça, pesca, e da riqueza que a floresta oferecia em produtos naturais de origem vegetal.
Com a chegada dos europeus, mudaram-se os hábitos, costumes, tradições, foi introduzida uma nova cultura, ultimamente a guerra, que levou á concentração das populações em grandes aglomerados urbanos, daí a criação da grande cidade de Luanda, com 6 milhões de habitantes.
Actualmente, a população angolana tem enormes necessidades ao nível das necessidades básicas, mas é a formação escolar e profissional que irá alterar o seu futuro, dentro daquela lógica, “não lhes dês peixe! Ensina-os é a pescar”.
Naturalmente, hoje, Angola, a recuperar do estigma da guerra, possui um grande défice de competências técnicas ao nível dos seus recursos humanos, necessita da ajuda dos povos irmãos da Lusofonia, e Portugal integrado na União Europeia, como porta para a Europa, de braço dado com o Brasil, com a sua experiência de milénios em Africa, poderá desempenhar um papel de grande relevo nas relações sociais, politicas e económicas, impulsionadoras do desenvolvimento desse grande território que é 14,5 ( vezes) maior que o território Nacional.
Devido aos contactos anteriores por parte da Câmara de Agricultura Lusófona, de 14 a 20 de Julho, deste ano, deslocou-se a Angola, uma missão empresarial, organizada por esta instituição, com o apoio institucional da Associação de Agricultores do Oeste e da Associação dos Jovens Agricultores do Distrito de Leiria, num projecto apoiado em termos financeiros e logísticos pela Associação Leader Oeste.
Esta missão empresarial teve como principal objectivo visitar a FILDA – Feira Internacional de Luanda, actualmente a maior bolsa de negócios de Angola, mas também estabelecer relações institucionais e comerciais com parceiros angolanos, através de um levantamento das potencialidades e oportunidades bilaterais de negócios, nas províncias de Luanda e Huambo.
Este grupo de empresários portugueses ficaram instalados no hotel Alvalade, no bairro de igual nome, em Luanda.
Este hotel, nos 3 primeiros dias funcionou como quartel general desta missão empresarial. Foi palco de várias reuniões nocturnas, com: o Ministro de Agricultura de Angola, Governador Provincial do Huambo, Associação de Comercio e Industria de Luanda, algumas empresas de consultadoria e tranding: Mic, Agromundo, Novageste, Catarmar e empresários individuais.
Durante o dia efectuaram uma visita á FILDA, participaram na inauguração do pavilhão de Portugal,( lamentavelmente sem vinhos e produtos agrícolas frescos ou transformados portugueses), reunião com o Consul Português em Luanda, visitas á Administração do Cacuaco ( equiparado em Portugal, a câmara municipal ), á Região da Funda, onde foram confrontados com um plano de recuperação agricola, financiado em termos estruturais pela Comissão Europeia, e apoiado pelo estado Francês, na vertente da formação profissional.
Segui -se a fazenda SEQUELE , que é uma empresa Israelita, constituída por 25 há de estufas de produção de tomate, pimentos, alface, meloa,….20 há de horticultura ao ar livre, onde produzem: cebola, melão, melancia, beringela, pepino, pimentos, meloa, tomate, alfaces, abóboras, brássicas, …. Possui instalações para a recria de 30000 aves de carne, uns milhares de suínos e de galinhas poedeiras, incubadoras para 90000 ovos, matadouro que pode abater e 4000 aves hora, para um total de 140000 T ano e fábrica de rações onde produz 30000 t ano.
Nas reuniões com todas estas instituições foi claro que os portugueses estão a desperdiçar várias oportunidades de negócios na província de Luanda. (foi com orgulho e prazer que saborearam o excelente vinho da Região Oeste, produzido na Companhia do Sanguinhal, sediada no Bombarral, de nome “Quinta das Cerejeiras”, importado por uma empresa angolana, em almoço na Região da Funda, oferecido pelo Ministério da Agricultura de Angola.)
Em Luanda, actualmente há uma carência enorme de produtos alimentares, praticamente não existe estruturas produtivas.
Como não produzem, importam quase tudo, desta forma surgem várias oportunidades de negócio, a nível das exportações de batata, alface, peras rochas, macãs, tomates, cebolas, ovos, chouriço, vinho, azeite….,
Falta também recursos humanos com competências técnicas, tecnologia, equipamentos.
Luanda tem excelentes terras e clima para produzir bens alimentares e agroindustriais, precisa de alimentar as pessoas e os animais.
Começa a ter um comércio florescente, a construção civil tem futuro garantido, a restauração está a crescer, o turismo renasce das cinzas, quem vai á Barra do Cuanza e á Barracuda, sente vontade em voltar.
Agora ! Tem uma palavra o governo português e os portugueses, ou criam condições para encetar negócios bilaterais, inclusive de instalação de empresários e técnicos portugueses em Luanda, ou então a palavra Lusófonia, não passará de um exercício académico de cariz literário, em tempo de luxúria politica, mas aqui existe uma certeza, os espanhóis, franceses, israelitas, brasileiros…já estão no terreno, os seus governos não brincam em serviço
quarta-feira, 15 de junho de 2005
Missão Empresarial ao HUAMBO - ANGOLA - II
No prosseguimento da missão empresarial a Angola, que começou na província de Luanda, organizada pela Câmara de Agricultura Lusófona, com o apoio institucional da AAO - Associação de Agricultores do Oeste e pela AJAL - Associação dos Jovens Agricultores do Distrito de Leiria, num projecto apoiado, em termos logísticos e financeiros, em parte, pela Associação Leader Oeste, seguiu - se a visita á província do Huambo.
O grupo de empresários portugueses, superior a duas dezenas, embarcou no Aeroporto Internacional de Luanda, num bimotor, que fez uma óptima viagem até ao aeroporto da cidade do Huambo. Neste aeroporto aguardou-os uma calorosa recepção, por parte das autoridades do Estado Angolano e da sociedade civil, que terminou na Casa de Passagem, em pleno coração da cidade do Huambo.
Ficaram alojados no hotel da cidade, com condições razoáveis, equivalente a um hotel rural, em qualquer cidade da Europa, com uma excelente cozinha africana regada com vinhos da África do Sul, uma vez que os portugueses não lá chegam.
Começaram as visitas, no primeiro dia, pela cidade do Huambo, a antiga Escola de Artes e Ofícios do Huambo, actualmente desactivada, mas, a Ucla, AAO, Leader Oeste, Ajal e a Cal, estão interessadas na sua reactivação, seguiu - se a Universidade do Huambo, onde está sediada a única Faculdade de Ciências Agrárias de Angola, a Ucla , Cal, Ajal, Leader Oeste e AAO, estão dispostas a colaborar, a fábrica de cerveja CUCA, actualmente desactivada.
Depois iniciaram as visitas ao mundo rural, dirigiram –se á fazenda CHICHOLA, com 70 cabeças de gado, pomar de pereiras e uma barragem natural, situada na comuna da CALENDA.
No segundo dia foram até á Administração da UCUMA, a 92 km de Huambo, visitar na Comuna da CHENGA, uma fazenda com mais de 5000 há, junto ao Caminho de Ferro de Benguela, com óptimas condições para a produção de milho, trigo…segue-se a Administração do LONGOJO, com a fazenda António Pessoa, com uma área de 1500 há, com condições para a produção de milho, trigo, bananas…., a Administração CAALA, fazenda Gaspar Velho, no Coquengo, com casa de habitação, estábulos, água e 2100 há de óptimo potencial para a produção de cereal e gado…a fazenda PÕE, com 1000 há, com aptidão para a produção de cereal, gado, hortícolas, laranjas, floresta….atravessada pelo Caminho de Ferro de Benguela e pelo rio Põe, a Comuna da CHIPIPA, a 23 km do Huambo, com uma área de 593 km2, á Associação de Camponeses do ATUCO, a 45 km do Huambo, com um território com grandes potencialidades para a produção de cereal, batata, milho, hortícolas, laranja, uva, tangerina, girassol, soja, gado… fazenda BELO HORIZONTE , com uma área de mais de 1500 há, é atravessada pelo rio CULELÉ, que dá origem a uma lagoa, dando origem a um micro-clima propicio á produção de cereal, batata, girassol, tangerina, laranja, banana…
No terceiro dia, depois de uma manhã arrasadora que encheu o olho daqueles que amam a natureza, chegámos ás lendárias terras do Bailundo.
Na cidade do Bailundo( antiga Vila Teixeira de Sousa) foram presenteados com um excelente almoço, oferecido pelo seu Administrador, no Clube de Cultura e Recreio Local. Na Administração do Bailundo viram várias fazendas com enorme potencial agrícola, para a produção de : cereais, floresta, hortícolas, gado…
Seguiu – se as visitas, a Comuna do ALTO- HAMA, com a área de 3500 há, a 800 km de Luanda, 50 km da cidade do Bailundo, 135 km do Huambo, possui umas termas de aguas sulfurosas com efeitos terapêuticos na pele e foro intestinal, as Aguas Santas, a fazenda CATOIO, com uma área de 2500 há, a 15 km da cidade do Bailundo, confina com o rio Kukai, a fazenda LUBAMGANDA, confina com a serra Lubamganda, com uma área de 5000 há, com grande potencial para a produção de ,milho, soja, trigo, laranjas, tangeras, bananas, floresta…. fica a 20 km da cidade do Bailundo, é atravessada pelos rios CÓ e CUTATO, a Administração do CACHIUNDO ( antiga Bela Vista), é constituída por várias fazendas com áreas entre os 1500 a 5000 há, fica a 80 km da cidade do Huambo e do Bié, prevêem a ligação ao Caminho Ferro de Benguela, tem estradas asfaltadas até ao Huambo, Bié, Huila e Benguela, tem gande potencial de produção de: hortícolas, batata, soja, batata doce, trigo, feijão, bovinos, caprinos, suínos..Administração da VILA NOVA, é constituída por várias fazendas entre os 1000 há e os 5000 há, fica a 40 km da cidade do Huambo, tem estradas asfaltadas, grande potencial de produção: floresta, milho, trigo, soja, bananas, laranjas, tangerinas, hortícolas, gado bovino, caprino, suíno,…
Na província do Huambo, por parte do seu Governador, Eng Paulo Kassoma, das autoridades locais e população, existe uma enorme vontade em trabalhar, necessitam de ajuda ao nível das competências técnicas, equipamentos, sementes, ……e da presença dos portugueses para os ajudar a reconverter pelo menos 2 gerações criadas numa cultura de guerra, para uma sociedade onde imperem os valores humanos, como baluarte na criação de estruturas de produção, de forma a criar as bases de uma economia de estado e privada , projectada para melhorar a qualidade de vida dos naturais e daqueles que a elejam como terra de adopção.
Existem portugueses interessados em fixar-se na província do Huambo, é de interesse Nacional, absorve algumas bolsas de desemprego, melhora as relações humanas e institucionais entre as partes, fortalece a posição de Portugal, no mundo Lusófono, ( num panorama de mais de 200 000 000 cidadãos ), como porta para a Europa, África e Brasil.
Agora, a resposta terá de ser dada pelo Governo Português, necessariamente terá de haver ajudas á instalação de cidadãos portugueses em Angola, em particular no Huambo, o entendimento terá de ser entre os Governos dos dois Países e a União Europeia, por parte de Portugal, será um crime para a história, abandonar um País, Angola, onde se vê diariamente a televisão portuguesa, nos hotéis, cafés, esplanadas, habitações….discute-se as cores clubistas e os resultados dos campeonatos desportivos portugueses, como na baixa do Porto, Rossio em Lisboa, ou café de aldeia ou vila durante a Bica do almoço.
O grupo de empresários portugueses, superior a duas dezenas, embarcou no Aeroporto Internacional de Luanda, num bimotor, que fez uma óptima viagem até ao aeroporto da cidade do Huambo. Neste aeroporto aguardou-os uma calorosa recepção, por parte das autoridades do Estado Angolano e da sociedade civil, que terminou na Casa de Passagem, em pleno coração da cidade do Huambo.
Ficaram alojados no hotel da cidade, com condições razoáveis, equivalente a um hotel rural, em qualquer cidade da Europa, com uma excelente cozinha africana regada com vinhos da África do Sul, uma vez que os portugueses não lá chegam.
Começaram as visitas, no primeiro dia, pela cidade do Huambo, a antiga Escola de Artes e Ofícios do Huambo, actualmente desactivada, mas, a Ucla, AAO, Leader Oeste, Ajal e a Cal, estão interessadas na sua reactivação, seguiu - se a Universidade do Huambo, onde está sediada a única Faculdade de Ciências Agrárias de Angola, a Ucla , Cal, Ajal, Leader Oeste e AAO, estão dispostas a colaborar, a fábrica de cerveja CUCA, actualmente desactivada.
Depois iniciaram as visitas ao mundo rural, dirigiram –se á fazenda CHICHOLA, com 70 cabeças de gado, pomar de pereiras e uma barragem natural, situada na comuna da CALENDA.
No segundo dia foram até á Administração da UCUMA, a 92 km de Huambo, visitar na Comuna da CHENGA, uma fazenda com mais de 5000 há, junto ao Caminho de Ferro de Benguela, com óptimas condições para a produção de milho, trigo…segue-se a Administração do LONGOJO, com a fazenda António Pessoa, com uma área de 1500 há, com condições para a produção de milho, trigo, bananas…., a Administração CAALA, fazenda Gaspar Velho, no Coquengo, com casa de habitação, estábulos, água e 2100 há de óptimo potencial para a produção de cereal e gado…a fazenda PÕE, com 1000 há, com aptidão para a produção de cereal, gado, hortícolas, laranjas, floresta….atravessada pelo Caminho de Ferro de Benguela e pelo rio Põe, a Comuna da CHIPIPA, a 23 km do Huambo, com uma área de 593 km2, á Associação de Camponeses do ATUCO, a 45 km do Huambo, com um território com grandes potencialidades para a produção de cereal, batata, milho, hortícolas, laranja, uva, tangerina, girassol, soja, gado… fazenda BELO HORIZONTE , com uma área de mais de 1500 há, é atravessada pelo rio CULELÉ, que dá origem a uma lagoa, dando origem a um micro-clima propicio á produção de cereal, batata, girassol, tangerina, laranja, banana…
No terceiro dia, depois de uma manhã arrasadora que encheu o olho daqueles que amam a natureza, chegámos ás lendárias terras do Bailundo.
Na cidade do Bailundo( antiga Vila Teixeira de Sousa) foram presenteados com um excelente almoço, oferecido pelo seu Administrador, no Clube de Cultura e Recreio Local. Na Administração do Bailundo viram várias fazendas com enorme potencial agrícola, para a produção de : cereais, floresta, hortícolas, gado…
Seguiu – se as visitas, a Comuna do ALTO- HAMA, com a área de 3500 há, a 800 km de Luanda, 50 km da cidade do Bailundo, 135 km do Huambo, possui umas termas de aguas sulfurosas com efeitos terapêuticos na pele e foro intestinal, as Aguas Santas, a fazenda CATOIO, com uma área de 2500 há, a 15 km da cidade do Bailundo, confina com o rio Kukai, a fazenda LUBAMGANDA, confina com a serra Lubamganda, com uma área de 5000 há, com grande potencial para a produção de ,milho, soja, trigo, laranjas, tangeras, bananas, floresta…. fica a 20 km da cidade do Bailundo, é atravessada pelos rios CÓ e CUTATO, a Administração do CACHIUNDO ( antiga Bela Vista), é constituída por várias fazendas com áreas entre os 1500 a 5000 há, fica a 80 km da cidade do Huambo e do Bié, prevêem a ligação ao Caminho Ferro de Benguela, tem estradas asfaltadas até ao Huambo, Bié, Huila e Benguela, tem gande potencial de produção de: hortícolas, batata, soja, batata doce, trigo, feijão, bovinos, caprinos, suínos..Administração da VILA NOVA, é constituída por várias fazendas entre os 1000 há e os 5000 há, fica a 40 km da cidade do Huambo, tem estradas asfaltadas, grande potencial de produção: floresta, milho, trigo, soja, bananas, laranjas, tangerinas, hortícolas, gado bovino, caprino, suíno,…
Na província do Huambo, por parte do seu Governador, Eng Paulo Kassoma, das autoridades locais e população, existe uma enorme vontade em trabalhar, necessitam de ajuda ao nível das competências técnicas, equipamentos, sementes, ……e da presença dos portugueses para os ajudar a reconverter pelo menos 2 gerações criadas numa cultura de guerra, para uma sociedade onde imperem os valores humanos, como baluarte na criação de estruturas de produção, de forma a criar as bases de uma economia de estado e privada , projectada para melhorar a qualidade de vida dos naturais e daqueles que a elejam como terra de adopção.
Existem portugueses interessados em fixar-se na província do Huambo, é de interesse Nacional, absorve algumas bolsas de desemprego, melhora as relações humanas e institucionais entre as partes, fortalece a posição de Portugal, no mundo Lusófono, ( num panorama de mais de 200 000 000 cidadãos ), como porta para a Europa, África e Brasil.
Agora, a resposta terá de ser dada pelo Governo Português, necessariamente terá de haver ajudas á instalação de cidadãos portugueses em Angola, em particular no Huambo, o entendimento terá de ser entre os Governos dos dois Países e a União Europeia, por parte de Portugal, será um crime para a história, abandonar um País, Angola, onde se vê diariamente a televisão portuguesa, nos hotéis, cafés, esplanadas, habitações….discute-se as cores clubistas e os resultados dos campeonatos desportivos portugueses, como na baixa do Porto, Rossio em Lisboa, ou café de aldeia ou vila durante a Bica do almoço.
Subscrever:
Comentários (Atom)