sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Bombarral Agricola e Rural

Os agentes sociais, económicos, culturais e politícos do concelho do Bombarral devem estar atentos aos ventos da história, para começarem a valorizar algumas das potencialidades endógenas.

Este concelho está estagnado, tem sido votado ao abandono, por parte de uma certa classe politica regional e nacional, é um concelho cuja economia assenta quase em exclusivo na agricultura, portanto não tem futuro. O futuro está na floresta, os produtos alimentares vem do estrangeiro, é só mandar faxs ou emails, e os contentores logo aparecem com grande pompa e circunstancia. ( A Pêra Rocha argentina já anda a rondar a porta dos mercados abastecedores,.não é ficção é no mês de Abri de 2008)

Mas afinal, estavam enganados! Os homens e as mulheres que labutam na terra começam a fazer falta, são precisos para preservar a natureza e produzir bens alimentares até para os políticos e grandes teóricos da economia politica.

Hoje falta, o trigo, o arroz, o leite, a carne, o pão, …e amanhã a Pêra Rocha do Oeste, as maçãs, a batata, as couves, o feijão verde …, porque as américas..as argentinas, os brasis, as áfricas…tem de pensar em biodiesel, e produzir bens alimentares para eles, os portugueses só podem comprar se tiverem dinheiro. Este só pode surgir no futuro através do trabalho, emprego ou empresariado.

Ao longo da ultima década, na Região Oeste, tem sido gastos milhões de euros, em estudos económicos e plano estratégicos , sempre com o objectivo de acabar com os agricultores, são pequenos tem de acabar! Só interessa estudar o aeroporto, o TGV, as pontes …..e o Alqueva…

Tem desprezado as especificidades regionais, as microeconomias, as PMEs agroalimentares, e tem feito grandes obras, nalguns casos por acabar, que tem por exemplo absorvido o dinheiro da agricultura, ex: o MARL, Mercado de Origem de Alcobaça, a Barragem da Sobrena no Cadaval, a Barragem de Alvorninha em Caldas da Rainha, a Barragem de Óbidos em Óbidos…agora expliquem as razões que levam estas estruturas a não funcionarem, qual é a culpa dos agricultores ?

Perante este cenário os Bombarralenses tem sido passivos espectadores, para além da iniciativa privada de raras excepções, não tem contribuído para o esbanjamento dos fundos comunitários, tem sido ludibriados ao longo dos tempos, por politicas cujos objectivos são liquidar o que resta de estruturas grupais de carácter cooperativo e associativo, para deixar os pequenos e médios produtores agrícolas á mercê de interesses menos escrupulosos.
Onde estão os grandes produtores agrícolas no concelho do Bombarral ? E os que tem dimensão económica, umas dezenas de Há e criam postos de trabalho, não devem ser confundidos com aqueles que possuem milhares de Há, por exemplo no Alqueva.
Os responsáveis políticos do concelho do Bombarral devem procurar melhorar a cooperação com as organizações da sociedade civil, de modo a aproveitar o mais rápido possível as potencialidades locais.
A agricultura, outrora um sector pujante, dinamizava embora com algumas fragilidades económicas e sociais a economia concelhia. Actualmente quando parecia moribundo, os ventos da história parecem lançar novas esperanças de vida. Afinal ! Os agricultores fazem falta para cuidar da natureza e produzirem comer para pessoas e animais.
Assim, talvez mais depressa do que muita gente pensava, a agricultura irá ter novamente importância. Mas a curto prazo o Bombarral deve procurar outras valências para colmatar os prejuizos causados pela actual recessão do Mundo Agricola.
Tem de pensar em aproveitar. O teatro Eduardo Brasão, o Picoto e a zona das Grutas da Columbeira , a Quinta dos Loridos,


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