sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A CÂMARA FUNCIONÀRIOS e MUNICIPES

O Bombarral tem potencialidades e ainda bem, mas tardiamente alguns começaram reparar que está bem localizado geograficamente, possui boas acessibilidades, está próximo de aglomerados urbanos e populacionais importantes, e está na rota de pólos de desenvolvimento turístico regional em crescimento, como as maravilhosas praias do Oeste, Óbidos, Alcobaça, Fátima e até da Serra do Montejunto.
Tem necessariamente de identificar as suas fragilidades económicas, sociais e organizacionais, de forma a encontrar uma estratégica terapêutica politica e administrativa, para uma politica autárquica , que há mais de uma dùzia de anos, está a coarctar a possibilidade de entidades publicas e privadas, beneficiarem dos fundos comunitários, dos Quadros Comunitários de Apoio, e a realização de projectos estruturantes, lançando o concelho do Bombarral, para os ultimos lugares do ranking regional e distrital do desenvolvimento..
O próximo executivo camarário Bombarralense, necessita urgentemente de activar uma permanente e informada acção politica, junto dos foros políticos regionais e nacionais, de forma a reabilitar o prestigio que outrora já granjeou, tem de voltar a ser um concelho respeitado, onde as pessoas tenham orgulho em viver e trabalhar.
Os Bombarralenses precisam de uma câmara municipal, que apoie a criação de empresas, que apoie a criação de emprego, que ajude a criar condições para fixar a sua população activa., que tenha em atenção a população jovem e os mais idosos.
Para que estes desideratos sejam possíveis, não é preciso fazer grandes estudos económicos ou exercícios matemáticos, é preciso conhecer o concelho, as necessidades básicas da população, ter competências técnicas e humanas para aprender com os mais humildes e com aqueles que tiveram o privilégio de se sentar nos bancos da universidade.
Deve começar pelas coisa simples, como tal muito importantes, os recursos humanos. Ser funcionário municipal tem de ser uma profissão de prestigio junto da população. Como ninguém nasce ensinado, os funcionários municipais devem ter acesso a formação especifica, para poderem desempenhar funções e tarefas especificas..
Devem ter formação especifica, para melhorarem o atendimento em geral, e porque não em funções especificas, no Turismo, na Mata Municipal, no Palácio do Gorjão, nas Secções de Obras, Contabilidade, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Apoio Social, Cultura, Desporto, Educação.... de forma a evitar os actuais conflitos na organização da pirâmide hierárquica.
O novo executivo camarário, depois de proporcionar melhores condições de trabalho aos recursos humanos, deve procurar organizar as valências estruturais e organizacionais ligadas ao meio empresarial.. Deve criar estruturas de apoio ao cidadão empreendedor e ás empresas residentes, começando por disponibilizar terrenos e agilizar os processos formais, facilitando a implantação de novas empresas, gerando mais empregos e novas dinâmicas no comércio , serviços, agricultura e industrias ligeiras..
O novo executivo camarário, não se pode esquecer de uma pesada herança. Que o concelho do Bombarral possui, uma população rural envelhecida, vitima de politicas agrícolas erradas, prisioneiras de desumanas teorias economicistas, executadas por ilustres alunos/professores de uma União Europeia qualquer, onde os mercados sem regulação deixaram de respeitar os produtores agrícolas na sua dignidade como pessoas.( Tem de definir uma estratégia de apoio á sua cultura ancora, a Pêra Rocha.)
Esta teoria do mercado livre, obriga os produtores a venderem as suas produções abaixo dos custos de produção, a preços de há vinte anos, enquanto os factores de produção ( adubos, pesticidas, fungicidas, maquinas, gasóleo,…aumentam sem controle seis a sete vezes mais, e na pirâmide social, com influencia no crédito bancário…..ocupam os últimos lugares, ficando no limiar da sobrevivência, com dificuldades em garantirem as necessidades básicas.
Esta situação socioeconómica, faz com que o concelho do Bombarral, na actualidade, seja demograficamente uma Terra maioritariamente povoada por pessoas idosas, na sua maioria são pequenos e médios agricultores, que sem sair da escala oestina, cujas reformas por serem tão pequenas e a falta de rendimento das suas parcelas agrícolas, os estão a lançar nas fronteiras da pobreza.
È legitimo, que os cidadãos exijam aos novos autarcas, empenhamento para inverter este estado de coisas, der forma a garantir o futuro profissional dos jovens na terra que os viu nascer e junto dos seus idosos familiares.
Mas para que isto seja possível, é fundamental que o novo executivo camarário, apanhe as carruagens da frente do comboio politico regional, mas para tal, é necessário que possua competências técnicas e politicas. Porque, actualmente, o concelho do Bombarral não tem qualquer importância politica nas instituições politicas regionais e muito menos a nível nacional.
Esta pouca importância politica, são o principal estrangulamento na aprovação de projectos apresentados pelas instituições publicas e privadas, nos foros competentes , estão órfãs de uma retaguarda politica credível e empreendedora..

terça-feira, 18 de agosto de 2009

AUTARCAS e CIDADNIA

Estamos a viver um período de grande impacto social, as eleições. Refiro – me principalmente ás eleições autárquicas, uma vez que integram cidadãos locais, quanto ás legislativas, algumas vezes não se conhecem os candidatos.
As eleições autárquicas determinam a constituição de listas á câmara municipal, assembleia municipal e juntas de freguesia.
È um desempenho grupal de grande significado democrático, onde as pessoas se comprometem perante as comunidades locais, em dar uma expressão sublime ao exercício da cidadania.
Mobilizam – se amigos, conhecidos, ate se resolvem algumas desentendimentos, mas as listas a todo custo tem de ser constituídas. A interacção entre o mal e o bem é um perigo latente, para o desempenho da cidadania dentro de uma perspectiva democrática.
São constituídas listas, juntam – se pessoas, competências, vontades e até habilidades, logo o diabo espreita, mas, são riscos suportados pelo exercício da democracia.
Cada cidadão tem a obrigação de votar, até em branco, e o direito de aceitar a participação na lista que merece a sua confiança.
Cada cidadão tem o direito de fazer campanha, promover as listas, que merecem a sua simpatia e confiança.
Cada lista tem obrigação de apresentar e promover um programa, que identifique as fragilidades e potencialidades concelhias.
Cada lista tem o direito de questionar anteriores gestões autárquicas, e apresentar erros.
Cada lista tem a obrigação de apresentar programas com soluções alternativas.
Os candidatos a autarcas no regime democrático, tem a obrigação de ser um exemplo de cidadania. Sem esquecer os interesses do concelho do Bombarral, devem pugnar, lutar, pelas propostas e convicções manifestadas pelas suas listas.
Mas, não devem menosprezar e considerar como inimigos, os cidadãos que apoiam ou integram as outras listas.
Em principio, todos de acordo com as suas competências e possibilidades, pretendem o melhor para o concelho do Bombarral.
Num concelho, com graves défices de informação e conhecimento, ideias, planos, bom senso, dialogo...., nunca são demais.
Uns são melhores que os outros, talvez, mas só ás pessoas, enquanto cidadãos, através do direito regimental do voto, competem definir, quais são os mais capazes para merecerem a sua confiança.
È uma eleição, só um acto de cidadania, participam todos, ganha só um, no futuro que ganhem todos os Bombarralenses.