A sociedade contemporânea esgotou o modelo económico que conduziu á situação económica e social atual.
As ideologias politicas, teoricamente tem diferenças, esgrimidas pelas diferentes organizações partidárias, umas em nome das maiorias, outras protegendo minorias, assim fizeram a história, mas impuseram – se sempre através do uso da força, retirando o direito à existência daqueles que ousaram contrariar - las, passando pela aniquilação da vontade e saberes dos homens e mulheres, sujeitos à realidade do quotidiano da vida, de quando em quando nas masmorras de tortura fisica e psicológicas de betão granítico ou calcário, segundo a tradição medieval.
Atualmente, na época do desenvolvimento tecnológico, onde o homem e a mulher são humilhados, na qualidade de cidadãos, seres inteligentes e pensantes, onde a máquina, com os seus manipuladores programas, nas atividades profissionais, os reduz a números e obriga a serem seres quase irracionais ou estúpidos.
Os homens e mulheres passam pelo maior flagelo social do nosso tempo, o desemprego, fazendo ressuscitar estigmas de séculos passados, onde destruiram a agricultura, e enganaram homens e mulheres de cultura rural, afastando –os do sustento retirado da terra, para os formatar em novos servos da gleba, numa nova selva citadina repleta de senhores feudais dos tempos modernos, ou embrenhando – os numa fraude social tipo Revolução Industrial de seculos passados, onde os mandantes da politica e das finanças atuais, desejam que, jovens de hoje, sejam os novos limpa chaminés substituindo a vassoura, pelos computador e os velhos depois de uma vida de trabalho sejam os novos sem eira nem beira.
. Os homens e mulheres como seres sociais tem de alterar as suas condutas e comportamentos,
tem de procurar outros modelos de sociedade, mais cooperantes e solidários.
A sociedade atual, para poder garantir a sobrevivência das gerações atuais e futuras em paz, tem de modificar os comportamentos éticos, respeitadores da espécie humana e ambiente que a rodeia, optando por novos modelos económicos.
A Economia Solidária vai ser o modelo económico do futuro, onde o homem, ao receber também vai dar, de acordo com as suas possibilidades. Vejamos o que está acontecer no Mundo Árabe, países cuja natureza bafejou com enormes riquezas fosseis, petróleo e gaz ..
geradoras de grandiosas e escandalosas fortunas, somente na posse dos mandantes, enquanto a maioria do povo vive na miséria, até que surgiu uma nova classe, jovens mais instruídos e informados, e os resultados estão á vista.
Na Economia Solidária, o empresário vai continuar a montar a sua empresa na mira do lucro, mas tem uma relação nova com os seus colaboradores e meio envolvente, tem menos despesas promocionais, mais isenções fiscais e sociais, paga menos ao estado, mas este deixa de ter muitos custos sociais e organizacionais, que passam para a sociedade civil, como entidade criadora de empresas, geradoras de empregos e melhor gestoras dos meios financeiros.
A Sociedade civil pode melhorar os salários, criar parcerias, estruturas de apoio social, lares, centros dia, infantários, escolas profissionais, centros de investigação e experimentação, agrupamentos de produtores, redes associativas de comércio tradicional, estruturas de apoio à agricultura familiar, … apoios aos trabalhadores das empresas e à comunidade em geral.
Passando as empresas, os seus produtos ou serviços, a terem uma imagem de marca, (Marketing Social) junto dos potenciais consumidores e a merecerem a sua preferência.
O empregado, torna – se um colaborador, sente - se reconhecido, está tranquilo, estabilizado em termos psicossociais, motivado para o trabalho, assume a flexibilidade laboral, porque não teve dificuldade em realizar a reconversão profissional, sente que a empresa faz parte da sustentabilidade da sua vida e agregado familiar, começa a perceber a vantagem de consumir produtos de produção Nacional..
O cidadão temporariamente sem emprego, recebe a sua contribuição social, mas contribui com algo para a sociedade, por exemplo em tarefas pontuais de voluntariado, de acordo com as suas competências físicas, inteletuais e profissionais.
O fornecedor sente – se reconhecido, os seus produtos são valorizados, porque fornece uma empresa que tem o reconhecimento social e paga a tempo e horas.
O consumidor sente – se motivado para comprar os produtos daquela empresa, porque ela faz parte de um todo, a comunidade, para alem de produzir bens ou serviços de qualidade, proporcionar empregos, está envolvida em ações e projetos de solidariedade social.
Aqui, o estado tem de modificar a legislação, para emagrecer o organigrama da administração publica e as respetivas chefias, tem de eliminar um numero elevado de direções gerais e regionais, institutos, administrações, delegações, departamentos, divisões……
Neste organigrama administrativo publico, foram criados demasiados cargos de chefia, ocupados por quadros ténicos superiores, em alguns casos escandalosamente remunerados cuja competência, responsabilidade e subprodução, são um desperdício financeiro para o erário publico e uma das principais causas para um despesismo publico, que inviabiliza alguma ajuda financeira às iniciativas ou projetos das organizações da sociedade civil.
A sociedade civil, empresas, cooperativas, associações, coletividades… com o mesmo volume de dinheiro, produzem muito mais, criam empregos e pagam impostos, não tem derrapagens orçamentais e conseguem mais trabalho voluntário.
Cada cidadão tem de atuar na sua área de ação, para valorizar o homem e libertar – se da humilhação de um modelo económico, que se serve do uso abusivo da máquina, para o lançar no desemprego, e das amarras ideológicas que tem fomentado a hostilização social, principal inimiga da solidariedade entre as pessoas, no emprego, sindicato, associação, coletividade, escola, aldeia, vila ou cidade.
Há que apostar nas parcerias, locais, regionais, nacionais, internacionais e transnacionais, como garante de sobrevivência e sustentabilidade das empresas, patrões e empregados.
A sociedade portuguesa tem de se preparar para produzir e vender, os empresários, trabalhadores e o estado português tem de optar pela Economia Solidária, e perceberem que a sustentabilidade das empresas portuguesas e o emprego, estão no aumento da produtividade, na regularização dos mercados, consumo dos produtos portugueses, melhoria dos rendimentos mais baixos dos trabalhadores, aumento do consumo….
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