segunda-feira, 25 de junho de 2007

A Seca na Agricultura do Oeste


A agricultura e o Mundo Rural da Região Oeste debate-se com enormes problemas por falta de planeamento e ordenamento do território, das culturas e das actividades tradicionais.
Não tem existido uma estratégia política por parte dos governos portugueses que dinamize o desenvolvimento da agricultura e do Mundo Rural.
Não tem existido por parte das autarquias da Região Oeste uma politica de apoio à agricultura e ao Mundo Rural.
Quando da elaboração dos PDMs, não tem existido a preocupação de fazer um levantamento de locais com potencialidades para a construção de pequenas charcas ou barragens, sustentadas por perímetros de salvaguarda, destinados a culturas consideradas ancôra, como: a fruticultura, horticultura, viticultura, floresta ou actividades como a pecuária, doçaria e artesanato rural, restauração com ementa rural, hotelaria rural… como suporte de um verdadeiro turismo em espaço rural.
Agora, vamos falar de problemas das geadas e da seca.
Como manda a tradição e as características climáticas, os concelhos da Lourinhã, Peniche, Óbidos, Bombarral, Torres Vedras e Caldas da Rainha, possuem umas franjas territoriais que normalmente sofrem a influência dos ventos temperados marítimos, sem geadas no Inverno, o que lhes permite produzir batatas Primor, " chamada batata do cedo" ou " batata nova".
Esta batata plantada e produzida no Inverno preenchia até á pouco tempo as necessidades do mercado de consumo português, evitando as roturas dos circuitos de abastecimento deste tubérculo, até à colheita da batata de fim de Primavera/Verão.
Actualmente a batata Primor é a única possibilidade de alguns agricultores sobreviverem nestas sub- regiões, arrancaram as vinhas, pomares de macieiras, pessegueiros, ameixeiras …, há dias por exemplo, frezaram as couves Bacalan porque não as conseguiram vender, ao plantarem e colherem as batatas Primor no Inverno/Primavera contribuem também para a estabilidade do mercado grossista e retalhista, uma vez que se todos os produtores de batata plantarem e colherem na mesma época de produção e colheita, provocam um excesso pontual de oferta, junto do mercado grossista, que a par da importação descontrolada de Espanha, estrangula os preços no produtor, embora por falta de organização e por consentimento politico os preços no consumidor continuem demasiados elevados, reduzindo dessa forma o consumo, com prejuízos continuados para os produtores e consumidores.
Assim, é pertinente que os produtores de batata Primor do Oeste, continuem a produzir "Batata do Cedo", até com mais insistência, no aproveitar de uma grande oportunidade de negócio, produzir " Antes dos Espanhóis", aproveitando as condições climatéricas favoráveis, para produzir " Batata Primor do Oeste" e exportá-la para Espanha, enquanto a neve impede os nossos vizinhos espanhóis de produzirem batata mais cedo.
Mas para que a produção de batata na Região Oeste, possa ter futuro, é preciso que o governo português actual, não prossiga na política dos anteriores, considerando a agricultura e o desenvolvimento rural como sub sectores económicos e sociais de menor interesse.
É neste paradoxo que temos de reflectir, a agricultura é ou não importante para a economia do País?
Se Portugal quiser apostar no desenvolvimento da Agricultura e do Mundo Rural, então tem de apostar nas potencialidades da Região Oeste, exemplos:
Inovação Tecnológica
Construção de charcas
Pequenas barragens
Sistemas de rega inovadores
Novas práticas culturais
Novas técnicas de condução
Novas técnicas de colheita
Novas técnicas de conservação
Novas técnicas de comercialização e de promoção
Formação académica e profissional adequadas às necessidades…
Empresas com Dimensão Económica:
Agrupamentos de Pequenos Produtores
Cooperativas de Produção e Comercialização
Associações de Produção e Comércio
Cooperativas de Máquinas e Equipamentos
Sociedades de Agricultura e Comércio
Associações de Exportação e Importação (com escritórios nos mercados alvo)
Cooperativas de Desenvolvimento Rural
Associações de Desenvolvimento Ambiental e Rural
Isto poderá ser algumas medidas de suporte do principio da viragem para o desenvolvimento, porque Portugal para ser um país considerado na União Europeia e Mundo Lusófono, não pode ficar eternamente á mercê das importações para satisfazer as suas necessidades alimentares, enquanto a sua população rural definha nos subsídios de desemprego ou do rendimento mínimo.
Actualmente a Região Oeste debate-se com graves riscos de seca, porque não tem estruturas de armazenamento e regulação dos milhões de m3 de água provenientes dos lençóis freáticos ou da chuva (anos chuvosos) que diariamente correm através dos rios ou riachos para o mar.
Esta água a curto prazo está a fazer grande falta nas culturas da batata e outras espécies hortícolas, na fruticultura e vinha fazer-se-á sentir lá para o inicio e fim do verão, na floresta logo que surja o primeiro grande fogo, no turismo rural não passa de uma miragem.
Portanto, a seca no Mundo Rural do Oeste é um problema endémico estruturante, tem a haver com a vontade politica do governo e das autarquias, em quererem ter uma agricultura parecida, não é preciso ir mais longe, com a da nossa vizinha Espanha.

sábado, 23 de junho de 2007

Produtos Tradicionais e a Marca Regional Oeste


A Região Oeste tem uma grande potencialidade ao nível da produção de produtos agrícolas frescos.
Projectando numa perspectiva de uma agricultura empresarial, com dimensão económica a uma escala de mercado competitivo, tem–se de partir de um pressuposto que há uma vasta variedade de frutas, hortícolas e de uvas, que naturalmente já potencializaram o aparecimento da Pêra Rocha do Oeste, da Maçã de Alcobaça, Vinhos da Região Demarcada de Óbidos, Vinhos Regionais da Estremadura, Bacelos do Pó, Ginja de Óbidos e Alcobaça , Aguardente da Região Demarcada da Lourinhã…alguns destes produtos já com sucesso nos mercados internos e externos, outros aguardam uma estratégia de Marketing Regional, apesar de terem sido cometidos alguns erros, neste domínio, mas algum trabalho já foi feito
Todavia, ao nível dos produtos agrícolas frescos há potencial para apostar em outros: em nichos de produção de frutas ( ameixas, peras, alperces, pêssegos, limões, kiwi, uva …) na "Batata da Lourinhã", nos Hortícolas da Lourinhã, Peniche, Torres Vedras. Bombarral e Óbidos…
A elevada qualidade dos produtos agrícolas frescos da Região Oeste, uns produzidos na agricultura convencional segundo as normas da Protecção e Produção Integrada, outros através do Modo Biológico, oferecem enormes oportunidades de produção de produtos tradicionais transformados, a caminhar para uma gama de produtos diferenciados, pode afirmar – se no panorama destes produtos de qualidade, produzidos de forma artesanal, sob a forma de nichos de mercado, criando novas oportunidades de negócio e de ocupação profissional.
Já existe algum trabalho de campo, ás custas dos produtores e algumas associações, são exemplo os: Licores, Conservas, Bolos, Concentrados, Sumos, Doces….de Pêra Rocha, Maçã, Ameixa, Uva, Ginja, Pêssego, Alperce, Couv Flor, Brócolos; Cenoura, Abóbora, Tomate …., Pão do Lavrador, Carnes Fumadas, Queijos…, Artesanato e Artes Decorativas Rurais …estão em estudo a criação de Rotas de Restaurantes com Ementa Rural e Redes de Lojas de Exposição e Venda de Produtos Tradicionais.
A ruralidade da Região Oeste de acordo com a sua estrutura fundiária, económica e social, tem muito da sua força nos pequenos produtores agrícolas, muitos á procura de reconversão profissional. Naturalmente existe uma enorme bolsa de potenciais produtores de produtos diferenciados de produção artesanal, tem é de ser ajudados a organizarem – se ao nível da formação profissional, produção e venda.
Ao iniciar o próximo Quadro Comunitário de Apoio, a Região Oeste, não pode cair no exagero da tentação egocentrista, das designações concelhias (DOP, IGP..) para não cometer como no passado recente alguns erros, nos domínios do Marketing Regional, uma vez que a grande marca chapéu regional " Oeste " foi descurada.
Mas na actualidade, há que rapidamente reflectir, e aproveitar a força que a marca " OESTE" vai adquirir através do Turismo, no próximo QCA.
Dentro desta lógica algumas autarquias começam a interessar – se pela criação de pequenas feiras, como espaços específicos de promoção e venda de produtos de reduzida produção, mas de elevadíssima qualidade, importantes do ponto de vista do crescimento económico regional, das micro – economias rurais regionais, e de suporte atractivo a um Turismo em Espaço Rural, dirigido a segmentos sociais de de raiz urbana, que ao fim de semana ou em férias pretendem usufruir de ambiente natureza e consumir produtos de qualidade do Mundo Rural com origem e a marca "OESTE".
São um bom exemplo, os certames mensais: de Primavera/Verão - Feira Rural em Torres Vedras e durante todo ano a Feira da Batata – Mostra do Mundo Rural na Lourinhã.

domingo, 20 de maio de 2007

Missão Técnica e Empresarial da Região Oeste ás Prefeituras de Fortaleza e Aracati

visitar uma Urbanização de Luxo, em local paradisíaco, o Ceart – Centro de Artesanato de Aracati, os 720 há de produção de camarão, e de seguida enfrentar a centena e meia de quilómetros, que levou a Missão Técnica e Empresarial, já pela noite dentro de regresso ao Hotel Lisboa Praia, em Fortaleza.

Dia 16.05.07~
Na Parte da Manhã
Começou com uma visita á Câmara Brasil/Portugal onde a Missão Técnica e Empresarial foi recebida pela Dra Clivãnea Teixeira – Directora de Marketing e Relacionamento, em representação do seu Presidente Dr Raimundo José Marques Viana, que disponibilizou uma série de contactos empresariais e solicitou apoio ao coordenador da Missão Técnica e Empresarial da Região Oeste, Dr Feliz Alberto Jorge, para a ida de uma Missão Empresarial de Fortaleza, a Portugal, com o objectivo de promover as potencialidades da Região Leste de Fortaleza e conhecer as da Região Oeste de Portugal, seguiram – se reuniões no Instituto AGROPOLOS – Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado do Ceará, onde o Presidente Dr Ricardo Sabatia deu as boas vindas e o Dr José Baima especialista em mercados, apresentou as potencialidades do Agronegócio no Estado do Ceará .

Na Parte da Tarde

Visita á Nutec – Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará, com o Presidente Dr João Pratagil a dar as boas vindas e a investigadora Dr Ana Luiza Maia a apresentar algumas inovações tecnológicas e em particular uma central de Biodisel.

Dia 17.05.07
Na Parte da Manhã
Visita á Embrapa – Agro - Indústria Tropical, o Chefe – Adjunto de Comunicação e Negócios Dr Vítor Hugo, deu as boas vindas e o investigador Dr Ebenézer de Oliveira Silva apresentou valiosos trabalhos nas áreas da, fisiologia, tecnologias pós – colheita, segurança alimentar, cultura de tecidos e genética vegetal e oportunidades de transferência de tecnologia.
Apresentou como exemplos:
A Compota do Caju, que consiste em Cajus sem película que criam uma calda clara e brilhante, formando uma compota muito rica em vitamina C e pouco acida, superando a laranja no valor vitamínico C, em quatro vezes superior, e não faz mal a quem padecer da Diabetes.
A Micro - Propagação de flores e frutas que permite uma multiplicação rápida de plantas em espaços reduzidos, mantendo a identidade genética do material propagado.
Esta técnica facilita os tratamentos, proporciona mais vigor, antecipa e aumenta a produção. Possui um padrão genético mais resistente ás pragas e doenças.
A Casca de Coco Verde uma vez que a Agua de Coco na linha da procura de alimentos saudáveis tem tido um grande aumento no seu consumo, está a criar enormes problemas com a casca que é de difícil degradação e foco de doenças. Assim a Embrapa Agro - Industria Tropical está a desenvolver tecnologia e equipamentos, para que esta casca passe por várias etapas de trituração, levando á transformação em pó e fibra que podem ser aproveitados como fertilizante e para a industria.
Salientou que um dos grandes objectivos destes projectos é ajudar as associações de pequenos produtores rurais em acrescentar valor aos seus produtos e qualificar a mão de obra.

Na Parte da Tarde
As tarefas foram iniciadas com uma visita ao IDER – Instituto de Desenvolvimento e Energias Renováveis onde o Assessor de Comunicação Dr Humberto Leite apresentou alguns projectos e estratégias de formação profissional nas áreas das energias renováveis, segui–se a visita ao IHAB – Instituto Hidro - Ambiental das Aguas do Brasil, com o seu Presidente Dr Clodionor Araujo e o seu Director de Administração Financeira Dr Nizomar Falcão Bezerra a darem as boas vindas e a apresentarem dois trabalhos de génese cientifica sobre a forma de promover, motivar e divulgar o conhecimento técnico – cientifico, nas sociedades com problemas económicos, envolvendo lideres de opinião, cientistas, juristas, …população em geral para a utilização geoecológica da natureza, ficando desde logo acordado com o Presidente da GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, Prof. Carlos Costa a organização conjunta na Região Oeste de algumas acções de carácter ambiental, á ECEA – Escola Cearense de Educação Ambiental, onde os Drs Pedro Paulo e Tarcilia Rego apresentaram dois tratados sobre a forma de promover, motivar e divulgar, a utilização da água e preservação do meio ambiente, como suporte da melhoria da qualidade de vida

Dia 18.05.07
Na Parte da Manhã
O coordenador da Missão Técnica e Empresarial Dr Feliz Alberto Jorge, os Directores do CARO – Centro Agrícola e Rural do Oeste, Eng José Alexandre e Dr Luis Honorato e o Presidente do Sindicato Rural de Aracati, Dr Normando Soares, foram recebidos pelo Deputado Federal, Dr José Airton Cirilo, que prometeu apoiar as acções a desenvolver e comprometeu - se a integrar a próxima Missão Empresarial da Região de Fortaleza á Região Oeste de Portugal.



Na Parte da Tarde
O Coordenador da Missão Técnica e Empresarial Dr Feliz Alberto Jorge, acompanhado pelos Directores do CARO- Centro Agrícola e Rural do Oeste, Eng José Alexandre e Dr Luis Honorato, e pelo Presidente do Sindicato Rural de Aracati, Dr Normando Soares, foram recebidos em audiência pelo Secretário de Estado do Turismo do Governo do Ceará, Dr BismarcK Maia, que deu as boas vindas e disponibilizou toda a sua influencia para apoiar qualquer projecto cujo interesse seja comum, e melhorar a circulação e fixação de pessoas nos dois Países, mostrou grande interesse em integrar a Missão Empresarial de Fortaleza á Região Oeste de Portugal.
Também apoiou o convite efectuado pela Dr Eneida Macedo, colaboradora do Dr Clodionor Araujo no Serviço Geológico do Brasil, para em nome do Prefeito Dr Raimundo Cèlio, visitarmos a Prefeitura de Pacatuba, o que já não pode ser aceite por falta de tempo, mas ficou acordado que seria realizado numa próxima oportunidade.

Conclusões:
Esta Missão Técnica e Empresarial da Sociedade Civil da Região Oeste de Portugal, atingiu os seus objectivos, reforçou os laços de amizade entre os dois Povos, cujas afinidades genéticas e linguísticas, muitas vezes tem sido descuradas.
Serviu para identificar as potencialidades a nível cultural, ambiental, económico, empresarial, turístico e social das Regiões do Oeste de Portugal e das Prefeituras de Fortaleza e Aracati.
A nível da cooperação foram estabelecidos contactos institucionais e empresariais que criaram de imediato oportunidades de negócio e fortaleceram as relações entre pessoas, que inevitavelmente serão um embrião dinamizador para o presente e futuro, na interacção entre as duas comunidades Lusófonas, ex:


- A empresa AMBIMED – Gestão Ambiental – com accionistas de Torres Vedras - Oeste, estabeleceu um protocolo com os LABORATÒRIOS CLEMENTINO FRAGA, de Fortaleza, com o objectivo de criarem uma empresa de tratamento de resíduos hospitalares e perigosos.

- A GEOTA – Organização não Governamental de Ambiente em cooperação com o Instituto Hidro Ambiental Aguas do Brasil e o Serviço Geológico do Brasil estão a elaborar um projecto de defesa da orla costeira da Região de Fortaleza, no âmbito do projecto COASWATCH.
Estão também a organizar um Seminário de O2 ( Oxigénio 2) em Novembro, talvez em Peniche - Portugal.

- Ficou acordado com o Coordenador e Comissão Organizadora desta Missão, o apoio a uma Missão Empresarial de Fortaleza a Portugal e em particular á Região Oeste, durante a primeira quinzena de Outubro de 2007.

- Ficou acordado realizar no dia 10 de Junho pelas 10h na ( Lourinhã ), Um Conferencia no Âmbito da Psiquiatria/Psicologia Social e do Trabalho, onde serão apresentadas duas comunicações pelos conceituados Médicos Psiquiatras Brasileiros, Dr Francisco Oliveira e Dr José Paracampos– que abordará a seguinte temática, “ Que Relações Existem Entre Tratar, Cuidar e Acolher” dirigidas a estudantes, psicólogos, psiquiatras, dirigentes, empresários e trabalhadores dependentes e independentes .

- Está em marcha a realização de um protocolo de cooperação entre a Prefeitura de Aracati e a Comissão Organizadora da Missão, para a instalação de um campo experimental para a produção de Uva e Vinho, assim como outros produtos agrícolas tropicais, ( Melão, Meloa, Caju, Coco Verde, Flores…contribuindo para criar condições para a instalação de empresários em Aracati e permuta de produtos agrícolas portugueses ( Pêra Rocha, Vinho, Maçã, Batata…) sem esquecer o Camarão de Aracati.

Participantes:
1-Feliz Alberto Jorge
(Gestão de Recursos Humanos )
Pòs - Graduação em Marketing e Higiene e Segurança no Trabalho )
Presidente / Secretario - Geral
Associação de Agricultores do Oeste
Secretário
Centro Agrícola e Rural do Oeste
Presidente do Conselho Fiscal
Leader Oeste - Associação Desenvolvimento Rural

2 – Carlos Baptista
( Antropólogo )
Quadro Técnico Superior de Desenvolvimento Rural
Especialista em Aplicação de Sistemas Informáticos
Leader Oeste - Associação de Desenvolvimento Rural
GEOTA – Organização não Governamental de Ambiente


3 – José Veloso
( Empresário Construção Civil )
Instalações Eléctricas

4 - – Luis Bernardes
( Empresário Construção Civil )
Turismo

5 – Mário Reis
( Gestor de Empresas )
Presidente
Associação Comercial e Industrial da Região de Torres Vedras
Movinfer Comércio e Representações de Mobiliário de Escritório Lda

6 - José Alexandre
( Engenheiro Agrícola )
Técnico Ministério da Agricultura
Administrador da Empresa de Decoração de Jardins - FLORÒBIDOS
Director da Cooperativa de Técnicos Agrícolas - COOPSTECO
Presidente do CARO - Centro Agrícola e Rural do Oeste

7- Carlos Costa
( Professor Universitário – Geólogo)
Universidade Nova de Lisboa
Universidade Federal do Ceará
Presidente do GEOTA – Organização não Governamental de Ambiente

8 - Margarida Nicolau Ferreira
( Directora Comercial )
Casa Agrícola Nicolau


9 -Vítor Sérgio
( Gestão de Recursos Humanos )
Mestre em Gestão de Recursos Humanos
Director da Ambimed – Gestão Ambiental
Administrador da TV PAR. SA - Parques Empresariais de Torres Vedras

10-Henrique Gomes
( Gestor de Empresas Agrícolas )
Cooperativa Agrícola Louricoop
BIOFRADE – Agricultura Biológica


11 -Luis Paiva e Sousa
( Engenheiro Industrial )
Empresário Agrícola e Pecuário

12-Pedro Ramalho
( Engenheiro Agrónomo )
Administrador da Empresa - AMBIMEDE
Gestão e Tratamento de Resíduos Hospitalares e Perigosos

13- Luis Silvestre
Comissário da Feira Rural de Torres Vedras
Empresário da Construção Civil

14-Daniel Vendas
( Geólogo )
Bolseiro do Curso de Mestrado em Biologia
Centro de Investigação da Universidade Nova de Lisboa

15- Luis Honorato dos Santos
( Professor - Biólogo )
Empresário Agrícola
Director do Centro de Gestão Agrícola de Òbidos
Director do Cento Agrícola e Rural do Oeste

16 – João Ferreira
( Administração e Gestão de Empresas )
Analista de Sistemas Informáticas
Gestor da NICODAT – Empresa de Sistemas Informáticos


17-João Elias
(Gestor de Empresas)
Administrador
Empresa OESTAGRIC – Equipamentos Agrícolas e Industriais Lda
Presidente
CAERO – Centro de Apoio ao Empresário - Torres Vedras

18 – José Miguel
Empresário da Industria Hoteleira e Restauração

19– Lurdes Maria dos Santos Soares
( Bióloga )
Coordenadora Geral do COASWATCH
Quadro Técnico Superior do GEOTA – Organização não Governamental do Ambiente

Coordenador:
Feliz Alberto Jorge – Gestor/ Recursos Humanos

Comissão Organizadora:
José Alexandre – Engenheiro Agrícola
Luis Honorato – Biólogo
Carlos Batista – Antropólogo
Carlos Costa - Geólogo

segunda-feira, 2 de abril de 2007

O Transito e as Actividades Economicas

O Bombarral pode ser um caso de estudo, um exemplo empírico. de uma ruralidade que pode ser positiva, mas também pode ser negativa.
Este concelho rural, reúne um conjunto de potencialidades, agregadas a um conjunto de factores que devidamente potenciados, podem ser decisivos para lançar o arranque de um estratégico desenvolvimento integrado e sustentável, contrariando um fatalismo quase endémico que grassa e parece apoderar -se de uma comunidade que tem de reagir.
As suas potencialidades tem de ser promovidas junto dos meios urbanos, com média e grande densidade populacional, atraindo segmentos sociais com rendimentos mais elevados, pessoas, empresários, trabalhadores por conta de outrem, políticos, figuras publicas, ….
As suas potencialidades tem de ser promovidas junto dos meios urbanos, com média e grande densidade populacional, atraindo segmentos sociais com rendimentos mais elevados, pessoas, empresários, trabalhadores por conta de outrem, políticos, figuras publicas, ….
No passado recente tem–se cometido erros, perdido oportunidades, mas o passado devidamente interpretado pode conferir valiosos ensinamentos para o futuro.
O concelho de Bombarral, por não ter uma politica de ordenamento de solos e urbanismo, de acordo com a sua realidade económica e social, tem afastado da sua área territorial vários investimentos colectivos individuais.
Tem de criar no concelho zonas para construir moradias para habitação e exploração turística, equipamentos sociais e de lazer, agro - industrias, industrias ligeiras ou de génese tecnológica, sem esquecer o que existe em particular, o comércio tradicional e os serviços, em pleno centro da vila.
Existem vários estrangulamentos, o PDM, ainda não foi revisto, faltam planos de pormenor, mas algo pode ser feito quanto ao presente de modo a não inviabilizar o futuro.
Á vila do Bombarral com a dimensão populacional que tem, a localização geográfica, proximidade de grandes aglomerados populacionais e urbanos, com as novas acessibilidades potenciando o aumento dos fluxos de tráfego rodoviário e pessoas. Há que definir um plano estratégico de trânsito e circulação de pessoas a nível local.
Assiste –se a uma grande confusão, quanto ao ordenamento do trânsito dentro da vila do Bombarral.
Nunca é demais relembrar, que aglomerados urbanos e populacionais idênticos á vila do Bombarral, está estudado, onde o rendimento por capita é baixo, onde a maioria das pessoas não pode gastar dinheiro para além dos bens que satisfazem as necessidades básicas, tem de haver uma perspectiva real dos tempos actuais, e engenhosamente apostar na forma de atrair segmentos sociais forasteiros, com maiores rendimentos, de modo a criar condições para injectar novos fluxos financeiros na economia local.
Portanto, não pode haver duvidas, a curto e médio prazo, o principal meio de transporte continuará a ser o automóvel. O transito automóvel local é muito importante, as pessoas passam, olham, estacionam e podem comprar.
Sem estacionamentos, não há carros, sem carros não há pessoas, sem pessoas não há clientes, sem clientes não há comercio nem serviços …..
Actualmente, a falta de estacionamentos na sede do concelho são um dos grandes estrangulamentos da economia em geral, particularmente do comércio e serviços do concelho do Bombarral, são um problema que urge resolver, o Verão está á porta, está em causa a economia e imagem do concelho.
Enquanto não houver outras soluções a longo prazo, é uma boa solução a Câmara Municipal do Bombarral estabelecer protocolos com alguns proprietários de edifícios em ruínas, e durante 2 a 3 anos utilizar esses terrenos como estacionamentos gratuitos, como acontece com a maioria dos concelhos da Região Oeste.
Gratuitos? Sim ! Há que criar condições para motivar as pessoas em virem ao centro da vila do Bombarral, atenção á deslocalização do epicentro comercial local, para uma das entradas da vila. Há um concelho rural, há procura de produtos natureza, ambientais e alimentares. Há que também pensar em criar parques de estacionamento para autocarros e caravanas.
Há que ter muita atenção aos estacionamentos nos próximos tempos, estamos a aproximar da época do pico do turismo, ou seja durante o Festival do Vinho Português e Feira Nacional da Pêra Rocha – Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional. Estes certames e outros em organização, vão acontecer durante os meses de Junho e Agosto. As pessoas que vem neste período ao Bombarral, devem ser bem recebidas, para sentirem motivação em voltar.
Um pormenor. As tabernas ou tasquinhas das colectividades, a montar nos certames atrás referenciados, podem ficar numa rua da Mata Municipal e até fazer a ligação ao largo da igreja criando desta forma uma nova entrada para os certames, deslocando a sua influencia a outra zona nobre da vila.
Esta rua permite com alguma imaginação criar uma fácil ligação aos esgotos públicos, e a renovada praça do Município em frente á CMB, é um local nobre para realizar alguns certames, deixando livre o que resta do estacionamento junto á sede do S.C.E. Bombarralense.
Este estacionamento é estratégico para a circulação de pessoas, perante o comercio e serviços públicos e privados instalados no centro da vila do Bombarral. .


quinta-feira, 22 de março de 2007

O Tearo Eduardo Brasão Tem..


Na qualidade de associado de longa data do Teatro Eduardo Brasão, e de já ser cinquentão, que durante a sua vida adulta se viu privado de frequentar um espaço cultural de excelência na terra que o viu nascer, devido a preconceitos politico-partidários de direita e esquerda, sustentados por uma capa castradora da inteligência e vontade de ser Bombarralense
Passadas já várias dezenas de anos, relembro a minha adolescência, o edifício do Teatro Eduardo Brasão foi uma referência de vivência social. Foi lá, que vi o primeiro teatro, aprendi a jogar Ténis de Mesa, Damas, a espreitar o Xadrez, a ganhar hábitos de leitura jornais e revistas…..a beber no bar da cave uns copos com os homens, a cruzar um olhar com as raparigas, a fazer umas malandrices aos malandros das outras Terras, depois cresci a nível cultural e fiz – me homem, segui caminhos, voltei de África, mas uma das poucas preciosidades da minha terra nunca mais pude mostrar aos meus amigos
Estou a escrever, porque no Bomportal, o Mário Nunes dá o seu contributo para a recuperação física e social do Teatro Eduardo Brasão, achei que não devia ficar sozinho.
O Teatro Eduardo Brasão, a instituição Eduardo Brasão deve ser entregue á sociedade civil bombarralense, não pode ficar prisioneira de uma só actividade o Teatro. Tem de ser uma sala de visitas, um centro de cultura e sociabilidade, onde seja reabilitado o espírito de tertúlia
O Teatro Eduardo Brasão,. o complexo do Palácio do Gorjão, a Mata Municipal ….são um património histórico de raiz cultural, que vai obrigar os Bombarralenses a valorizar o que é seu e das futuras gerações, a bem da imagem e do desenvolvimento cultural e económico do próprio concelho.
O Teatro Eduardo Brasão faz falta ao Bombarral, pode ser uma sal de visitas, um viveiro e embaixador de cultura e porque não uma imagem de Marketing Cultural?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Um Desiderato " O Bombarral "

O Bombarral é um concelho bem localizado geograficamente, rasgado por acessibilidades, umas projectadas no passado outras no presente, ambas com grandes potencialidades quanto ao futuro.
Alguns, teimam em afirmar que a A-8 é uma calamidade, esvazia o comércio e os serviços, e que o caminho de ferro não tem importância na actualidade e não dá perspectivas quanto ao futuro.
Outros, acenam com o papão da satelização urbanística, em relação a grandes aglomerados urbanos como, Lisboa, Leiria ou Santarém….
Outros, defendem que o Bombarral nesta letargia de desenvolvimento é que está bem, nada de confusões. É a terra ideal para reformados, desde que adaptados a uma pacatez e pachorrenta insensibilidade social e cultural, nada de manias novas, sempre assim foi e assim é que tem de ser.
Estas contradições ao nível do conhecimento, tem sido a génese preconceituosa da orientação da vida politica, económica e social da sociedade Bombarralense, ao longo dos últimos anos.
O cidadão comum absorvido no trabalho do dia a dia, naturalmente deixou para a classe politica, a gestão, a orientação, o rumo estratégico de desenvolvimento concelhio.
Actualmente, o Bombarral não tem uma estratégia de desenvolvimento, não tem uma ancora para servir de tampão a uma crise social reflectida na falta de perspectivas empresariais e de manutenção e criação de empregos.
A Agricultura e o Mundo Rural em Portugal, está numa encruzilhada sem sentido, passa por uma crise sem precedentes, tecnocratas nacionais com convicções europeístas vão destruindo o que resta em termos estruturais e lançando a descrença na mente dos produtores, as ajudas tardam e não estão planeadas e organizadas, para a tipologia rural da região Oeste e do concelho do Bombarral.
O comercio tradicional debate - se diariamente com uma crescente falta de clientes, devido a um reduzido poder de compra, todos os dias fecham lojas e aumentam os nºs de desempregados
Os serviços sejam braçais ou administrativos estão a sofrer as consequências das situações anteriores.
Actualmente em democracia, os autarcas concelhios, principalmente a câmara e a assembleia municipal, tem a responsabilidade na gestão e na dinâmica a imprimir no aproveitamento das potencialidades endógenas, numa estratégia de interacção e captação de mais valias, ora junto das instancias regionais, nacionais e internacionais, ora junto de agentes do meio empresarial e económico nacional e internacional.
A câmara municipal tem de possuir influencia politica, estar na linha da frente, onde são discutidas as politicas de desenvolvimento regional, na actualidade tem de possuir carácter de liderança, de forma a motivar um tecido empresarial concelhio algo fragilizado.
Na agricultura tem de apoiar as suas organizações, que por falta de apoio estatais estão condenadas ao fracasso.
Tem de considerar a fileira da Pera Rocha, como ancora da sustentabilidade da economia agricola concelhia, e a Pera Rocha, como produto alvo, que pode catapultar bem alto nome do Bombarral, alavancando outras oportunidades empresariais e comerciais.
No comércio e serviços há que pensar em aproveitar enquanto há tempo, alguns terrenos situados dentro da vila, ocupados com casas velhas ou á espera de novas oportunidades para construirem mais uns andares, negociando com os proprietários, com dinheiro dos interessados e se for preciso permutando com terrenos da CM Bombarral, de forma a ficarem disponíveis para instalar alguma media superfície que parece andar por aí perdida a querer instalar – se mais vez na periferia da vila, esvaziando o seu epicentro económico e social.
Ao pretenderem instalar mais uma estrutura de comercio e serviços, ( só pode ser tipo centro comercial Vivaci ou Arena) com capacidade promocional a nível nacional, e só no centro do Bombarral, para funcionar como uma alavanca geradora de movimento de pessoas e bens, criando novas oportunidades para instalar negócios, desatolando os comerciantes locais e o comercio tradicional de um verdadeiro charco politico/administrativo em que foi envolvido.
Mas, não se esqueçam de construir estacionamentos enquanto há terreno disponível, de preferência gratuitos.
Quanto á industria para começar, um pequeno parque industrial, com algumas valências, através de uma incubadora de empresas prestando e agilizando apoio ás instaladas no concelho, e pesquisando nos meios empresariais, oferecendo inovadoras condições de instalação á procura, por exemplo estruturas para produção, utilização e venda de energias renováveis.
Com uma sólida gestão estratégica das potencialidades concelhias, naturalmente sem grandes exercícios, mas com alguns conhecimentos académicos, novos rumos surgirão para o turismo, a educação, o desporto e para a maltratada cultura popular.