segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O Concelho do Bombarral tem Emigrantes?

Em época natalícia nunca é demais lembrar amigos e conterrâneos que devido aos imponderáveis da vida labutam além fronteiras.
Na Região Oeste a maioria das câmaras municipais tem ligações ás suas comunidades de emigrantes, instaladas por esse mundo fora.
Na época natalícia é normal assistir – se á visita de autarcas oestinos ás comunidades portuguesas nos países de acolhimento.
Estas visitas, de autarcas, normalmente acompanhadas por um ou outro artista do cancioneiro nacional, que cantam musica pimba, folclore, fados de Lisboa ou Coimbra, dançam o fandango ou o corridinho, jogam o pau,… empolgam o ego português terminando sempre com o Hino Nacional, e em muitos casos com um chequezito para ajudar os bombeiros ou lar de idosos a construir lá na Terra.
Para alguns o Natal, outros o Verão, são épocas de matar saudades ou gozar férias e também de veraneio para recarregar baterias físicas e psicológicas. É digno de ser visto, aproveitam para mostrar as suas raízes a filhos e até já aos netos, a relembram junto de amigos já grisalhos, pedaços da sua juventude e aqueles que já partiram mas ficaram na memória. Outros, é vê – los nas suas aldeias a zelar pelos seus haveres, investimentos que muito tem contribuído para o enriquecimento patrimonial e urbanístico das nosso Mundo Rural e dinâmica de sustentação da economia de PMEs, ligadas á construção e materiais de construção civil.
Salvo algumas excepções, por motivos académicos procurando meios técnico científicos mais desenvolvidos, ou outrora, por motivos de discordância politica, muitos portugueses deixaram a sua terra natal porque esta lhe foi madrasta, não lhe assegurou condições de vida decentes para si e familiares.
Muitos, conseguiram organizar as suas vidas nas terras de acolhimento, constituíram família, a maioria foram trabalhadores dos sub-sectores primários, hoje tem filhos e netos, alguns já bisnetos, são operários, empresários, políticos ou cientistas, mas continuam a ser portugueses.
Portugueses de várias gerações, que governos e assembleias da republica de um passado não muito longínquo, não tem prestado a devida atenção, interessa –lhe mais as benesses pessoais sopradas da União Europeia.
Actualmente, é fácil contactar com jovens, filhos, netos ou até bisnetos de famílias portuguesas, por esses quatro cantos do Mundo, que querem ser portugueses, e consulados ou embaixadas pagas com o dinheiro cá do burgo á beira mar plantado, os vai monesprezando, desmotivando o seu ego lusíada, criando dificuldades burocráticas a torto e a direito, com o passar do tempo obrigando – os a ser, somente brasileiros, americanos, canadianos, franceses, alemães, ingleses, australianos, angolanos, moçambicanos, cabo verdeanos, neo - zelandeses …….
Tudo isto é um grande absurdo, numa época em que a população lusitana está a diminuir, renegando a possibilidade de as 2ª e 3ª gerações criarem um cordão umbilical virtual, mas real, com as gentes e terras dos seus pais, tios ou avós.
Parabéns! Aos autarcas com visão estratégica e sentido de nação, mantendo uma permanente interacção com as comunidades de emigrantes, deixando – se de manias do novo riquismo global, sustentado por um egocentrismo parceiro de grandes défices de conhecimento e humanismo, exercendo o ministério da proximidade, numa perspectiva de relações humanas, afirmando que o homem está primeiro, e Portugal, precisa do contributo de gentes de sangue e ideais lusíadas, independentemente do local onde se encontram.
Há que estreitar e intensificar cada vez mais as relações culturais, empresariais, económicas e politicas, com os países tradicionais de emigração portuguesa, e prestar mais atenção aos mercados emergentes de expressão portuguesa.
Angola, Brasil, Cabo Verde, e Moçambique neste momento perfilam – se como grandes oportunidades, para muitos, pequenos empresários, agricultores, operários, jovens técnicos, sem possibilidades de exercerem a sua vida profissional em Portugal.
Com o aumento nesses países da população europeia e em particular de expressão portuguesa, criam – se novas oportunidades de negócios para os produtos portugueses, que tem procura e são preferidos.
Muitas destas questões tem de ser planeadas e organizadas pelo Governo Português, mas aqui numa estratégica politica de proximidade, as autarquias tem a obrigação de desbravar caminhos, criando canais de comunicação e relações politico - institucionais, para facilitar a circulação bilateral de pessoas e bens, a instalação de empresas, e o conhecimento de culturais endógenas.
Como consequência de uma crise real e permanente começa a ser importante para algumas empresas e pessoas agilizar a passagem de vistos e autorizações de residência ou a entrada e circulação de produtos e bens ?
Na região Oeste tem havido grandes oportunidades desaproveitadas de realizar geminações ao mais alto nível com os Países Lusófonos, mas a atenção tem sido somente dirigida para os fundos comunitários que pagam os grandes projectos e grandes consultadorias e deixam a maioria dos portugueses na penúria.
As geminações facilitam as relações institucionais a nível social, económico, profissional, empresarial, cultural, técnico – cientifico, politico, entre pessoas Para abrir portas, não são precisos milhões, é preciso humildade e conhecimento. Quanto custará em Portugal, com o apoio do município, no Natal de 2009, um pequeno contentor cheio de caixas de lápis, borrachas, papel, esferográficas, pastas, para oferecer directamente pela escola X, a escolas em Angola ou Moçambique? Quanto custará a ida ao Brasil, de um enólogo a um seminário sobre vinha e o vinho, e aproveitar para apresentar vinhos concelhios ou regionais, bacelos, tecnologias da vinha…, uma vez que há oportunidade de plantar vinhas e instalar agricultores ? Quanto custa a ida a feiras internacionais como a Filda em Luanda ou a Facim em Maputo ou a Frutal em Fortaleza com produtos agricolas frescos e transformados, construção civil, turismo ?
Actualmente, um município, até por integrar várias organizações regionais e nacionais, que lhe permitem acesso a informações privilegiadas, tem a obrigação de utilizar a sua influencia institucional e politica para criar canais de comunicação formal, em cooperação ou parceria, com instituições de países detentores de comunidades de emigrantes lusíadas, de modo a facilitar a instalação bilateral de empresas e circulação de pessoas e bens
Para tudo é preciso dinheiro, mas será mais fácil se existir geminações, relações politicas bilaterais entre instituições similares ( Municípios). E depois exigir perante os poderes regionais e nacionais que detém os dinheiros comunitários, em destinar uma parte significativa, para a promoção dos recursos portugueses, onde a reorganização e aproximação ás comunidades de emigrantes no Mundo, não pode ficar destinada ao ostracismo.
Agora a propósito, o concelho de Bombarral tem emigrantes ?

Emigrantes e Mercados Emergentes

Em época natalícia nunca é demais lembrar amigos e conterrâneos que devido aos imponderáveis da vida labutam além fronteiras.
Na Região Oeste a maioria das câmaras municipais tem ligações ás suas comunidades de emigrantes, instaladas por esse mundo fora.
Na época natalícia é normal assistir – se á visita de autarcas oestinos ás comunidades portuguesas nos países de acolhimento.
Estas visitas, de autarcas, normalmente acompanhadas por um ou outro artista do cancioneiro nacional, que cantam musica pimba, folclore, fados de Lisboa ou Coimbra, dançam o fandango ou o corridinho, jogam o pau,… empolgam o ego português terminando sempre com o Hino Nacional, e em muitos casos com um chequezito para ajudar os bombeiros ou lar de idosos a construir lá na Terra.
Para alguns o Natal, outros o Verão, são épocas de matar saudades ou gozar férias e também de veraneio para recarregar baterias físicas e psicológicas. É digno de ser visto, aproveitam para mostrar as suas raízes a filhos e até já aos netos, a relembram junto de amigos já grisalhos, pedaços da sua juventude e aqueles que já partiram mas ficaram na memória. Outros, é vê – los nas suas aldeias a zelar pelos seus haveres, investimentos que muito tem contribuído para o enriquecimento patrimonial e urbanístico das nosso Mundo Rural e dinâmica de sustentação da economia de PMEs, ligadas á construção e materiais de construção civil.
Salvo algumas excepções, por motivos académicos procurando meios técnico científicos mais desenvolvidos, ou outrora, por motivos de discordância politica, muitos portugueses deixaram a sua terra natal porque esta lhe foi madrasta, não lhe assegurou condições de vida decentes para si e familiares.
Muitos, conseguiram organizar as suas vidas nas terras de acolhimento, constituíram família, a maioria foram trabalhadores dos sub-sectores primários, hoje tem filhos e netos, alguns já bisnetos, são operários, empresários, políticos ou cientistas, mas continuam a ser portugueses.
Portugueses de várias gerações, que governos e assembleias da republica de um passado não muito longínquo, não tem prestado a devida atenção, interessa –lhe mais as benesses pessoais sopradas da União Europeia.
Actualmente, é fácil contactar com jovens, filhos, netos ou até bisnetos de famílias portuguesas, por esses quatro cantos do Mundo, que querem ser portugueses, e consulados ou embaixadas pagas com o dinheiro cá do burgo á beira mar plantado, os vai monesprezando, desmotivando o seu ego lusíada, criando dificuldades burocráticas a torto e a direito, com o passar do tempo obrigando – os a ser, somente brasileiros, americanos, canadianos, franceses, alemães, ingleses, australianos, angolanos, moçambicanos, cabo verdeanos, neo - zelandeses …….
Tudo isto é um grande absurdo, numa época em que a população lusitana está a diminuir, renegando a possibilidade de as 2ª e 3ª gerações criarem um cordão umbilical virtual, mas real, com as gentes e terras dos seus pais, tios ou avós.
Parabéns! Aos autarcas com visão estratégica e sentido de nação, mantendo uma permanente interacção com as comunidades de emigrantes, deixando – se de manias do novo riquismo global, sustentado por um egocentrismo parceiro de grandes défices de conhecimento e humanismo, exercendo o ministério da proximidade, numa perspectiva de relações humanas, afirmando que o homem está primeiro, e Portugal, precisa do contributo de gentes de sangue e ideais lusíadas, independentemente do local onde se encontram.
Há que estreitar e intensificar cada vez mais as relações culturais, empresariais, económicas e politicas, com os países tradicionais de emigração portuguesa, e prestar mais atenção aos mercados emergentes de expressão portuguesa.
Angola, Brasil, Cabo Verde, e Moçambique neste momento perfilam – se como grandes oportunidades, para muitos, pequenos empresários, agricultores, operários, jovens técnicos, sem possibilidades de exercerem a sua vida profissional em Portugal.
Com o aumento nesses países da população europeia e em particular de expressão portuguesa, criam – se novas oportunidades de negócios para os produtos portugueses, que tem procura e são preferidos.
Muitas destas questões tem de ser planeadas e organizadas pelo Governo Português, mas aqui numa estratégica politica de proximidade, as autarquias tem a obrigação de desbravar caminhos, criando canais de comunicação e relações politico - institucionais, para facilitar a circulação bilateral de pessoas e bens, a instalação de empresas, e o conhecimento de culturais endógenas.
Como consequência de uma crise real e permanente começa a ser importante para algumas empresas e pessoas agilizar a passagem de vistos e autorizações de residência ou a entrada e circulação de produtos e bens ?
Na região Oeste tem havido grandes oportunidades desaproveitadas de realizar geminações ao mais alto nível com os Países Lusófonos, mas a atenção tem sido somente dirigida para os fundos comunitários que pagam os grandes projectos e grandes consultadorias e deixam a maioria dos portugueses na penúria.
As geminações facilitam as relações institucionais a nível social, económico, profissional, empresarial, cultural, técnico – cientifico, politico, entre pessoas Para abrir portas, não são precisos milhões, é preciso humildade e conhecimento. Quanto custará em Portugal, com o apoio do município, no Natal de 2009, um pequeno contentor cheio de caixas de lápis, borrachas, papel, esferográficas, pastas, para oferecer directamente pela escola X, a escolas em Angola ou Moçambique? Quanto custará a ida ao Brasil, de um enólogo a um seminário sobre vinha e o vinho, e aproveitar para apresentar vinhos concelhios ou regionais, bacelos, tecnologias da vinha…, uma vez que há oportunidade de plantar vinhas e instalar agricultores ? Quanto custa a ida a feiras internacionais como a Filda em Luanda ou a Facim em Maputo ou a Frutal em Fortaleza com produtos agricolas frescos e transformados, construção civil, turismo ?
Actualmente, um município, até por integrar várias organizações regionais e nacionais, que lhe permitem acesso a informações privilegiadas, tem a obrigação de utilizar a sua influencia institucional e politica para criar canais de comunicação formal, em cooperação ou parceria, com instituições de países detentores de comunidades de emigrantes lusíadas, de modo a facilitar a instalação bilateral de empresas e circulação de pessoas e bens Para tudo é preciso dinheiro, mas será mais fácil se existir geminações, relações politicas bilaterais entre instituições similares ( Municípios). E depois exigir perante os poderes regionais e nacionais que detém os dinheiros comunitários, em destinar uma parte significativa, para a promoção dos recursos portugueses, onde a reorganização e aproximação ás comunidades de emigrantes no Mundo,

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O Bombarral e a Memoria Historica

O Bombarral actualmente parece uma terra, um concelho perdido no tempo á procura de identidade. Parece um concelho que não tem história.
Talvez devido a alguma vergonha em assumir a sua matriz rural ou por desvarios intelectuais de carácter preconceituoso urbano, não consegue suplantar penalizadores défices de conhecimento, que condicionam a abordagem e o aproveitamento histórico, económico e social das suas potencialidades endógenas, como instrumentos de marketing territorial.
È uma terra com história conventual, com igrejas e algumas quintas e palácios, teve uma produção significativa de cereais, mais recentemente vinho e fruta.
Foi um concelho barriga de aluguer, para a concentração de grandes quantidades de vinho que penetraram em mercados nos quatro cantos do Mundo. Armazenistas como: José Barardo, Pereiras Bernardinos, Patuleias e Patuleias, Sá´Dias e Filho,…..Companhia Agricola do Sanguinhal, Adega Cooperativa do Bombarral, Quinta dos Lóridos, Junta Nacional do Vinho…..são um património que ninguém pode apagar da memória histórica Bombarralense.
Hoje ! Nos círculos dos poderes locais inexplicavelmente continua – se a não valorizar, o que é Bombarral. Todavia, ainda hoje, nas terras do Cacuaco, na periferia de Luanda numa cantina social em pleno território rural angolano, ou no centro da cidade do Maputo, capital moçambicana, no restaurante PIRI e PIRI, falar no Bombarral é associar o seu nome á “Terra do Bom Vinho”ou quando se passeia na baixa Maputoense junto á cátedral é reconfortante para o ego bairrista, ver placares publicitários de vinho com o nome de BOMBARRIL.
Quanto á fruta, em particular a Pêra Rocha, não deve haver duvidas em relação á sua importância económica e social. O Bombarral é o concelho mais velho em termos de produção com objectivos económicos, tem o pomar mais velho, a maior produção, a Central Fruteira mais antiga, o maior Produtor Mundial, uma rede de modernas Centrais Fruteiras que exportam para quase todo Mundo….e uma historia quase centenária.
Foi um território de esperança onde era atraente viver. Foi alvo de migrações, em particular do norte do País. Eram pessoas humildes sem futuro nas suas terras de origem, maltratados pela vida, muitos chamados de Malteses, eram Valadores, cavavam, podavam, empavam, pulverizavam, na Eira malhavam milho, favas, ervilhas e feijão, vindimavam, e ate faziam a lagaragem muitas vezes em festa pela noite dentro, numa dança de grupo, animada com a musicalidade da prensa de trinco ou da gaita de beiços a comandar o pisar da uva….….as mulheres sazonalmente participavam em varias tarefas, ceifavam, roçavam para a manta, tiravam os olhos ás canas, davam aguapé ou paus novos ao rancho de cavadores, limpavam as varas, acarretam os canecos de sulfato para os pulverizadores, na Eira ao luar, descamisavam pargas de maçarocas de miho e desengaçavam o bagaço espremido no lagar, vindimavam e acarretavam baldes ou cestos de uva para tina, apanhavam e acarretavam vides para a fogueira.
Ao nascer do Sol, homens e mulheres, para enfrentarem os dezembros e janeiros rodeados de mantos brancos de geada, “Matavam o Bicho” muitas vezes com bagaço ou traçadinho na taberna da Tia Teresa, Tis Sousa, Virgilio, Chico Larico ou Carlos junto ás cancelas da CP, depois de muitas vezes já terem dado os bons dias ao Armando e ao ti Zé Pedro das Vacas, nos Matinhos.
Pelas 10 h, almoçavam, e quando o Sol ia a pino, por volta do meio dia, jantavam, logo após ao abrandar das chamas da fogueira das vides, em lume brando, assavam Couratos com Toucinho, para besuntar casqueiros , alguns com 8dias, conservados após a Matança do Porco, nos salgadores de alguns patrões mais sociáveis ou Sardinhas chegadas na hora.
Muitas vezes, esta humilde alimentação, em estômagos vazios, sabia que nem caviar em palácio, era regada com Aguapé através de encarniçados beijos de amor á boca do Testa Larga, barril, companheiro diário.
As sardinhas chamadas de corrida, eram transportadas através de um cabaz á cabeça, por uma valente mulher de um pescador qualquer de Peniche, que deixando os filhos entregues á sogra, palmilhava durante a madrugada trilhos agrestes, para no regresso poder fazer a cesta do farnel ao camarada pescador, seu marido , e adiantar algum dinheiro para diminuir o rol de fiados na mercearia/lugar lá do bairro, ou pelo peixeiro de Ferrel ou saloio ( fora de Peniche) com o seu burro equipado com açafates ou atrelado a uma carroça, faziam da noite dia, para ao nascer do Sol com pregão ou corneta em punho anunciarem a sua presença.
Após uma breve incursão pela Etnografia, onde a referencia é o homem como expressão biopsicultural, parece ser pacificamente aceite que o Bombarral está a mudar, mas a sua história e tradições tem de ser o suporte de novas dinâmicas sociais em prol do desenvolvimento, reinventando o futuro a partir da sua memoria histórica.
O Bombarral precisa de uma imagem, uma referencia Histórica – Mediática, que funcione como pólo de promoção das actividades culturais, económicas e sociais e de atracção de pessoas.
A Lourinhã escolheu o Parque Jurássico, Peniche o Fosso das Muralhas, Óbidos o Castelo , Alcobaça anda a trabalhar para criar um grande Museu do Vinho, ….., ao Bombarral nada interessa ? Porque não o Bombarral pensar no”Museu Agricola e Etnográfico do Oeste”, agregado a um Hotel Rural de 3 ou 4 estrelas, com parque de estacionamento para autocarros…. nas antigas instalações do IVV, no Cintrão , uma vez que este espaço tem 4 há, urbanos ?
Neste momento para juntar á caldeira gigante instalada num armazém do IVV a degradar – se, existe um coleccionador regional disposto a ceder vários equipamentos mediante uma parceria/fundação, ex: uma colecção de bombas de vinho desde o primeiro fabricante bombarralense no sec XIX, ate ao saudoso Maximino de Carvalho, oficinas completas de ferreiro, prensas de vara em lagares de madeira e lagares de pedra, outras prensas, pratos e malhais, tinas, barris, vários tipos de balanças, caldeiras, charruas, arados, carroças, charretes, coches, galeras, carros de bois, equipamentos e ferramentas agrícolas, vasilhas, vestuário…… isto é uma oportunidade, é quase como quem diz, dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Terreno, equipamento, o Bombarral tem, falta de dinheiro, é preciso ir buscá – lo ao mesmo cofre que os outros vão.
È preciso abrir uma frente de dialogo defendendo os interesses do Bombarral na AMO, e no IVV. Apresentar candidaturas no QREN, PRODER, PROVERE… definir enquanto é tempo se as Energias Renováveis – Aerogeradores (Moinhos Gigantes ) são uma fonte de receita que poderão assegurar a sustentabilidade deste tipo de estruturas ou não, estabelecer parcerias Nacionais e Internacionais através da LEADER OESTE e com grupos económicos ligados ás actividades turísticas e hoteleiras, é preciso aproveitar os bons ventos/apoios/turísticos que estão a surgir…….e mais uma vez defender o interesse do Bombarral nas contrapartidas oferecidas pelo governo, pela mudança de local do Aeroporto da Ota….

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Bombarral uma Oportunidade....

O Bombarral nos últimos dias, semanas, tem entrado de maneira subtil e simpática, nas casas, locais de trabalho ou lazer, de Norte a Sul de Portugal.
Tem sido objecto de uma engenhosa estratégia de Marketing, utilizando elementos patrimoniais locais, para fazer incursões á história e economia local e regional
Nunca os palácios do Gorjão e Camilo, Igreja Matriz, Mata Municipal e o principal produto económico concelhio, a Pera Rocha, tiveram tamanha divulgação.
Tudo isto se deve á instalação no Bombarral, da empresa de distribuição “ Modelo” . È uma estrutura que pode vir a ser importante, não só pelo despertar de sinergias locais submissas a uma cidadania demasiado amorfa, até pela criação de mais de 120 postos de trabalho, passa a ser a segunda empregadora concelhia, logo a seguir á Câmara Municipal do Bombarral.
Mas toda esta promoção televisiva do Bombarral, a sua localização geográfica, centralidade em relação a dois grandes centros urbanos e populacionais, Leiria e Lisboa, com acessibilidades privilegiadas com o resto do País, naturalmente vai merecer por parte de muitas pessoas interesse em visitar a terra onde se está a instalar mais uma nova loja “ Modelo, e que tem palácios, igrejas, matas centenárias…
Estará a vila do Bombarral e seu concelho em condições de aproveitar esta oportunidade, recebendo com fidalguia durante todo o ano, estes novos visitantes ?
Penso que não ! Porque o desenvolvimento integrado no Bombarral, continua a ser um desiderato difícil de alcançar.
Há que pôr as mãos á obra. O Teatro Eduardo Brasão, a Mata Municipal, o Complexo de Palácio do Gorjão…devem tornar –se rapidamente salas de visita de excelência, para alavancar o epicentro do desenvolvimento histórico do centro da Vila do Bombarral.
Com estas estruturas de excelência a funcionar, outras publicas e privadas devem merecer igual atenção. A Companhia Agricola do Sanguinhal, Quinta dos Lóridos, Sedes do SCE Bombarralense e Circulo de Cultura Musical, Igreja Matriz, Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, Azenhas e Grutas da Columbeira, Pavilhão Gimnodesportivo, Colectividades de Cultura e Recreio, Igrejas e Capelas, Centrais Fruteiras, Empresas Agrícolas e de Exploração Turística….
Numa perspectiva de desenvolvimento sustentado e integrado, com estratégias de curto e médio prazo, aproveitando os fundos comunitários do actual Quadro Comunitário de Apoio, é importante o Bombarral encontrar parcerias para construir: nas antigas instalações do IVV, no Cintrão, “ O Museu Etnográfico e Agricola do Oeste”, agregado a um Hotel Rural de 3 ou 4 estrelas ( Tem área para tal, mais de 4 há de terreno urbano), na zona histórica do Picoto, um”Centro de Interpretação Histórica”, integrado nas estruturas envolventes de Turismo Natureza e de Lazer e no antigo Matadouro Municipal, o CAPTO – Centro de Artes e Produtos Tradicionais do Oeste, constituído por várias salas e uma Loja Museu de Exposição e Venda de Produtos Tradicionais….
Estas estruturas são fundamentais, para servirem de suporte durante todo o ano a variadas acções de promoção concelhia, direccionadas a segmentos demográficos externos de cariz urbano, em redor de temas e rotas temáticas que evidenciem e valorizem as potencialidades endógenas do concelho do Bombarral.
Assim , é urgente criar condições para que o Bombarral, deixe de perder oportunidades a partir de sinergias externas, de forma a motivar a visita e fixação de pessoas e empresas geradoras de novos negócios e criação de empregos.
Só assim, com pessoas a circularem no centro do Bombarral e no concelho, a apreciarem o que há de bom, é que o comercio tradicional poderá retomar a importância económica e social de um passado recente, encetando um novo caminho de braço dado com os serviços, a industria e a mal tratada agricultura.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pera Rocha Economia e Saude

A Pera Rocha é portuguesa, foi obtida por mero acaso em 1836, num quintal situada em Sintra, propriedade de um senhor alquilador de cavalos, chamado António Pedro Rocha.
Assim nasceu um o nome de Rocha, para a pereira e para o fruto, que foi pouco a pouco sendo plantada em quintais por todo concelho de Sintra e posteriormente em plantações dispersas por todo o Oeste.
Este senhor Rocha, esmerava –se em dar a provar e mostrar aos seus amigos estas fruteiras e os seus belos e atraentes frutos, estes foram retirando varetas de fruteiras dispersas, multiplicando–as através do enraizamento varietal ou enxertia de outras variedades de pereiras, existentes nas suas propriedades.
O primeiro pomar do Mundo, de pomóideas da variedade Rocha ordenado e com dimensão económica, foi plantado há quase um século, ás portas da vila do Bombarral, na Varzea da Requeixada e também existem pereiras quase centenárias desta variedade, no Casal do Urmal, freguesia do Vale Covo, concelho de Bombarral.
O concelho do Bombarral para bem da fruticultura da região Oeste, deve assumir – se como o Berço Histórico da Pera Rocha, enquanto produto económico produzido em escala comercial.
O concelho do Bombarral detém a mais antiga mancha de pomares de Pera Rocha do Oeste, com uma característica endógena, instalado em sequeiro.
A maioria dos seus pomares não tem rega, mas ao longo de quase um século, tem conseguido frutos de excelente qualidade. Nas ultimas três décadas foram o suporte da penetração em mercados internos e externos.
Estas características bem evidenciadas, utilizando as técnicas do Marketing, nas vertentes saude, social e economia, naturalmente potenciam uma oportunidade para o futuro dos seus produtores tradicionais, na forma de um nicho alargado de produto de qualidade, mais valorizado, compensando produções mais reduzidas.
Deve ser dirigida a segmento de mercado mais exigente em qualidade, sensível á preservação ambiental e segurança alimentar, disponível para valorizar este tipo de produtos.
A promoção e valorização da Pera Rocha produzida em sequeiro, principalmente no concelho do Bombarral, assenta numa pratica cultural natural, como um meio caminho para a Produção Biológica, aproveitando uma dávida gratuita da natureza, o microclima, de uma sub – região do Oeste, a região do concelho do Bombarral, recheado de humidade atmosférica, que vem colmatar uma fragilidade estrutural, a falta de água.
A produção de Pera Rocha em sequeiro, já há mais de duas dezenas anos foi estudada pelo saudoso e estudioso Eng Amado da Silva e pelo seu colaborador directo Eng José Alexandre, como alternativa á falta de água para rega.
Foi estudada como Pera Rocha de Meia Encosta, produzida em terrenos férteis, e daí ela ser produzida há muitas dezenas de anos na região do concelho do Bombarral, em sequeiro.
Os pomares de sequeiro, produzem uma pêra com excelentes características organoléticas, mais açúcar, mais saborosa, suporta melhor a conservação e transporte, necessita de menos incorporação de agroquimicos, desde que consumida no seu estádio ideal de maturação, cor amarelada, é uma delicia da natureza, compensando em qualidade susceptível de valoração produções um pouco mais reduzidas, que os pomares de produção intensiva com rega.
A Pera Rocha produzida em sequeiro, na região do concelho do Bombarral, poderá ser um projecto alternativo de grande alcance estratégico na reconversão e manutenção da importância do sector agricola na região do concelho do Bombarral e uma referência patrimonial regional, Oeste.
A sua abrangência social e económica será de acordo com interesse que os poderes políticos e os agentes económicos concelhios, ligados á agricultura em geral e á Pera Rocha em particular, manifestarem perante os organismos governamentais regionais e nacionais.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Historial da Feira da Pera Rocha - Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional

A Feira Nacional da Pera Rocha nasceu em1994, fruto de uma proposta da AAO – Associação de Agricultores do Oeste apresentada numa reunião da Câmara Municipal do Bombarral.
Foi constituída uma comissão organizadora constituída pela Câmara Municipal do Bombarral, AAO – Associação de Agricultores do Oeste, Cooperativa Agricola do Bombarral, ANP – Associação Nacional de Pera Rocha, Codimaco - Associação Interprofissional para o Registo de Marcas Colectiva e a ASAGRO – Associação das Sociedades de Agricultura de Grupo.
Esta comissão organizadora em 1997, por desinteresse de algumas entidades ligadas á Pera Rocha, demitiu – se, alegando falta de condições do concelho do Bombarral para organizar este tipo de certame, exigindo a construção de um pavilhão de exposições.
Desactivada esta comissão a oito dias do inicio da Feira da Pera Rocha, logo o então presidente da Câmara Municipal do Bombarral, Albuquerque Álvaro, propôs á AAO – Associação de Agricultores do Oeste, a organização da mesma.
A AAO sempre acreditou neste projecto e em parceria com a Câmara Municipal do Bombarral, apostou num certame de características populares, que tem promovido a rainha da fruticultura portuguesa, a Pera Rocha, e os produtos tradicionais, dignificando o nome da região do concelho do Bombarral.
Dentro de uma perspectiva de promoção de um meio e de uma cultura rural. foi criada uma dinâmica e agregada uma Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional
Esta Mostra de Produtos Tradicionais já na altura correspondeu á vontade manifestada por nichos sociais rurais em apresentar produtos cuja génese é a cultura e o meio rural, dando sequencia a novas oportunidades profissionais.
A Feira Nacional da Pera Rocha – Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional ao longo destes catorze anos, deve muito da sua importância á colaboração dos seus expositores e á presença de publico em geral.
Mas entre outros, também a ilustres governantes que fizeram questão contribuir com a sua exposição institucional e mediática, para dar visibilidade á Pera Rocha e ao meio rural do Oeste, presidindo ás cerimónias de inauguração, como o Ministro da Agricultura, Dr Capoulas dos Santos, Secretários de Estado da Agricultura, Dr Luís Vieira e Dr Cardoso Leal, Secretario de Estado Adjunto, Dr Feliciano Barreiras Duarte, Deputado Europeu Eng António Campos, Governadores Civis, Dr José Medeiros, Dr José Leitão, Dr Carlos André……

terça-feira, 15 de julho de 2008

O Vinho e o Bombarral


A vinha provavelmente foi introduzida na Ibéria, pelos Fenícios, que detinham rotas de navegação comercial ao longo do Mediterrâneo, estabeleceram uma colónia no território da actual cidade espanhola de Cádis, em Espanha, ladearam a costa do Algarve e daí chegaram até ao Tejo.
Trouxeram vides do Médio Oriente, fazendo expandir a cultura da vinha, no território português de Sul para Norte, até ao estuário do Sado.
Mais tarde os Celtas vindos do Norte da Europa, introduziram a arte da tanoaria já existente na Gália.
Mas foi após a conquista da Península Ibérica pelos Romanos, no (sec. I a C.) que acultura da vinha progrediu até ao Rio Mondego. Com os Romanos vieram as ânforas, usadas na fermentação e transporte, as talhas, assim como as prensas de fuso.
A produção voltou a aumentar com a chegada á Península Ibérica, de Suevos e Visigodos, oriundos do Norte da Europa, e pelo gosto por um produto alcoólico de excelente qualidade e novo, as vinhas chegaram ao Dão.
Todavia, com a chegada dos Árabes no sec. VIII, á Península Ibérica, a cultura da vinha sofreu algum retrocesso, devido á interdição do consumo alcoólico por parte do Alcorão, em particular devido á interpretação radical por parte dos Almorávidas e dos Almóadas.
Segui – se a reconquista Cristã ate ao sec. XIII e a cultura da vinha teve novamente um grande incremento. A cultura da vinha e os impostos que incidiam sobre a circulação e consumo do vinho eram muito importantes para a instituição dos concelhos, doações á igreja e consumo nos actos religiosos, segundo descrevem as cartas de foral da época.
Na época, aos anos de sobreprodução sucediam – se anos de fracas produções. Mas em épocas de abundância, os produtores só eram autorizados a vender o seu vinho, depois do o rei ter vendido toda a sua colheita.
O vinho fez parte da dieta medieval, ao lado dos cereais consumidos sob a forma de pão, do peixe e da carne.
Nas mesas mais pobres, comia – se a Sardinha, a partir do sec.XVIII, algum Bacalhau, nas mesas mais ricas Peixotas, Congros, Linguados, Sáveis, Salmonetes, Azevias, Ruivos, Pargos, Solhas, Pargos, Besugos, Gorazes, Trutas, Lampreias. Quanto á carne os pobres comiam ás vezes, Galinha ou Pato, os mais abastados, Galo, Pato, Gansos, Pombos, Faisões, Pavões, Rolas, Coelhos…
No inicio do sec. XIX dois terços de Portugal estavam incultos. A vinha foi uma cultura que se adaptou facilmente ao clima do território português, espalhou - se de Sul a Norte do País.
Instalou - se junto dos maiores centros urbanos, dos mosteiros ou perto das zonas costeiras, cujos portos se procedia ao transporte dos vinhos.
O vinho foi usado como moeda de troca nas transacções comerciais entre Portugal e as outras Nações, faltava o azeite e o sal, mas o vinho manteve bom nível de produção e de exportações.
Entretanto no sec. XIX, surgiram os vinhos de mesa. O Estuário do Tejo, as Linhas de Caminho de Ferro do Carregado, mais tarde do Oeste, contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do comércio do vinho, muitas empresas aproveitaram as novas facilidades de transporte, embarque e exportação, montando armazéns, junto ás linhas férreas ou beira rio.
À beira rio, Lisboa, criaram – se grandes empresas, J. Serra, José Maria da Fonseca, Carvalho Ribeiro e Ferreira e a Abel Pereira da Fonseca.
Entre estas empresas salienta – se a Abel Pereira da Fonseca, cujo fundador com o mesmo nome, oriundo do distrito da Guarda, muito jovem veio para Lisboa, e depois de ter trabalhado vários anos em empresas de distribuição de vinho, em 1906, fundou uma grande empresa de distribuição de vinhos, na cidade que muito bem conhecia.
Abel Pereira da Fonseca fundou no Poço de Bispo, em Lisboa, a Vale do Rio, que era constituída por uma rede de 100 lojas, onde se vendia vinho, que lhe concedeu um titulo de consideração popular de “ Rei das Tabernas de Lisboa” e azeite de excelente qualidade.
Em 1911, Abel Pereira da Fonseca, demonstrando a sua grande capacidade de empreendorismo e visão comercial aproveitou a oportunidade que o Caminho de Ferro do Oeste, oferecia em relação aos transportes e á proximidade de Lisboa, e comprou a “Quinta das Cerejeiras”, no Bombarral, fundando a “Companhia Agricola do Sanguinhal”, igualmente no Bombarral, agregando a “Quinta de S, Francisco”, situada no Outeiro da Cabeça.
Esta ligação de Abel Pereira da Fonseca, ao Bombarral, continua na actualidade com a manutenção das quintas acima focadas, e da prestigiada “Companhia Agricola do Sanguinhal”, com vinhos de excelência, qualidade premiada em certames nacionais e internacionais, ocupando lugar cativo em restaurantes e garrafeiras espalhadas por esse mundo fora.
O Bombarral está ligado á história do vinho. Também é bom lembrar algumas empresas que levaram o nome do Bombarril, hoje marca líder em Moçambique, aos quatro cantos do mundo, a Pereira Bernardinos, a José Barardo, a Patuleias e Patuleias, a Sá dias e Filho….e a almofada dos produtores de vinho da região do concelho do Bombarral , a Adega Cooperativa do Bombarral, que alimentou anos a fio os circuitos de produção do Vinho Verde Comercial e da aguardente para o Vinho do Porto.
Também convém recordar que no Bombarral, existe uma das maiores estruturas Nacionais da antiga Junta Nacional do Vinho, actualmente IVV.
Como homenagem a todos aqueles que labutaram dias e alguns pedaços de noite, no cultivo das videiras que produziram o vinho, que foi a base de tudo atrás focado, era importante para o Bombarral, criar nas abandonadas instalações do IVV, no Cintrão, o “Museu Etnográfico e Agricola do Oeste” onde o vinho faça história.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Bombarral procura os Trilhos do Desenvolvimento

O Bombarral é um concelho com várias potencialidades, apesar de ser um concelho relativamente jovem, tem uma história, património e recursos humanos com competências técnicas e humanas, que é necessário aproveitar do ponto de vista social, cultural, económico e politico, de forma a que estes sejam e se sintam úteis há Terra que os viu nascer ou acolheu.
È um concelho com uma cultura rural muito enraizada, é uma característica socioeconómica a não desprezar, não pode ser considerada uma fatalidade, tem de ser valorizada, é uma oportunidade de desenvolvimento, idêntica ás praias e mar dos nossos concelhos limítrofes, desde que sejam aproveitados os recursos endógenos.. .
O Bombarral tem de apostar na agricultura.: A Pêra Rocha, as Maçãs, a Vinha ( Uva sem semente/grainha) o Vinho Leve, a Aguardente da Região Demarcada da Lourinhã ( inclui a freguesia do Vale Covo ) , o Bacelo e a Horticultura do Pò e algumas franjas de Floresta, inevitavelmente são importantes alavancas de uma génese rural em processo evolutivo, a acenar ao Turismo em Espaço Rural..
O Turismo em Espaço Rural no Bombarral tem futuro, como actividade complementar de uma agricultura empresarial, principal suporte económico concelhio, mas também de uma agricultura a tempo parcial, como suporte das tradições, hábitos e costumes, que proporcionem aos homens e mulheres citadinos acompanhados de filhos ou netos, momentos de terapia naturista em ambiente de descompressão psicológica de fim de semana ou férias
A agricultura a tempo parcial no concelho do Bombarral, é precisa e só com ela pode haver Turismo em Espaço Rural., usufruindo da instalação deste tipo de agricultores e famílias, na preservação do meio ambiente, através do cuidado com as suas micro-empresas e do meio que os rodeia, certamente num futuro a curto prazo de inspiração biológica.
Só este tipo de agricultura está disponível para proporcionar a visita ás vindimas, cheirar o mosto e apreciar o vinho do lavrador, participar na colheita da famosa Pêra Rocha e aprender a comer esta deliciosa fruta quando madura, visitar apreciar as oficinas de produção artesanal de Doces, Licores, Compotas, Conservas… de Pêra Rocha, Ginja, Maçã, Ameixa, Uva, Couve Flor , Brócolos, Tomate… Artesanato e Artes Decorativas Rurais, Queijos de Cabra e Ovelha, Carnes Fumadas, passeios a Cavalo ou de Burro pelas vinhas, pomares ,horticulturas, florestas, pequenas barragens ou serras, rotas de moinhos com produtos rurais ou de restaurantes, porque não tabernas? com ementa rural ou biológica…
Todavia, é preciso procurar o futuro, este está ali ao lado, naqueles que são vitimas de uma sociedade urbana desumanizada , numa selva de cimento sem o calor humano da ruralidade.
“ Que bom! Avós e netos, sob o olhar atarefado dos pais, poderem brincar no quintal com o cão, o gato, a galinha, o coelho e alguns com cavalo, o burro ou a ovelha …, observando as estrelas até ao infinito, ouvir o cantar do rouxinol em dias de céu azul, o cantar das rãs em noites de luar, viver com as moscas que saltitam no dorso do pachorrento cavalo, que para em frente da pequena fabrica artesanal da Tia… que faz um diferente pão caseiro e bolos de erva doce, ás vezes barrados com doce de Pêra Rocha, Maçã Reineta, Uvada ou Arrobe… regados com uma agua pé ou jeropiga, quando não ás escondidas porque é proibido com um bagaço ou aguardente de pêra rocha…do alambique clandestino. “
Promover a ruralidade no concelho do Bombarral, é pensar no ordenamento do território, arranjar terrenos, e oferecer boas condições de habitabilidade em Espaço Rural, de instalação de pequenas e médias empresas de preferência agro-alimentares, turísticas ou de tecnologias inovadoras tendo em conta o ambiente, por exemplo acessórios para a manutenção das energias renováveis ? Para gerar empregos, fixar pessoas , evitando o abandono dos potenciais activos das nossas aldeias e fixando várias competências técnicas no concelho., é oferecer boas estruturas escolares, culturais, de prática desportiva e de apoio social a jovens e idosos.
Promover a ruralidade do concelho do Bombarral, é definir estratégias e pensar em projectos que objectivem candidaturas publicas e privadas, ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, para beneficiar da nova oportunidade de aumento das percentagens dos novos subsídios comunitários em virtude do concelho do Bombarral ter passado para a Região Centro.
Será demasiado ambicioso, recuperar e pôr a funcionar de forma integrada, estruturas de cultura, religiosidade e lazer, como o Teatro Eduardo Brasão, Palácio do Gorjão e auditórios adjacentes, Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal , Picoto, Grutas da Columbeira, Azenha da Columbeira, Batalha da Roliça, Mata Municipal do Bombarral, Rio Real….sem esquecer estruturas de apoio á agricultura e um mini – parque industrial para instalação de empresas e criar empregos .
O Bombarral tem futuro, mas não pode adormecer ! Tem de criar novas dinâmicas publicas para não estrangular as privadas ou continuaremos a ver o encerramento, de lojas, oficinas, escritórios e o meio rural a definhar. Será que para o Bombarral, o Aeroporto Internacional da Ota ou a A- 8 , é uma maldição? Outra coisa! O Caminho de Ferro do Oeste não interessa ao Bombarral ?
Não pode ser ! É só olhar para o lado e ver Óbidos e Lourinhã, e os grandes investimentos que estão na forja e o comendador Joe Berardo e alguns bancos que se preparam para instalar no Bombarral, não sabem o que andam a fazer?
O Bombarral tem futuro! Só que ainda não encontrou os trilhos do desenvolvimento.
Jà dizia o saudoso professor e filosofo Agostinho da Silva, “Cultura de Barriga Vazia não Presta”

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O Bombarral e os Certames com História

O Bombarral é um concelho com várias potencialidades, apesar de ser um concelho relativamente jovem, tem uma história, património e recursos humanos com competências técnicas e humanas, que é necessário aproveitar do ponto de vista social, cultural, económico e politico, de forma a que estes sejam e se sintam úteis há Terra que os viu nascer ou acolheu.
È um concelho com uma cultura rural muito enraizada, é uma característica socioeconómica a não desprezar, não pode ser considerada uma fatalidade, tem de ser valorizada, é uma oportunidade de desenvolvimento, idêntica ás praias e mar dos nossos concelhos limítrofes, desde que sejam aproveitados os recursos endógenos.. .
O Bombarral tem de apostar na agricultura.: A Pêra Rocha, as Maçãs, a Vinha ( Uva sem semente/grainha) o Vinho Leve, a Aguardente da Região Demarcada da Lourinhã ( inclui a freguesia do Vale Covo ) , o Bacelo e a Horticultura do Pò e algumas franjas de Floresta, inevitavelmente são importantes alavancas de uma génese rural em processo evolutivo, a acenar ao Turismo em Espaço Rural..
O Turismo em Espaço Rural no Bombarral tem futuro, como actividade complementar de uma agricultura empresarial, principal suporte económico concelhio, mas também de uma agricultura a tempo parcial, como suporte das tradições, hábitos e costumes, que proporcionem aos homens e mulheres citadinos acompanhados de filhos ou netos, momentos de terapia naturista em ambiente de descompressão psicológica de fim de semana ou férias
A agricultura a tempo parcial no concelho do Bombarral, é precisa e só com ela pode haver Turismo em Espaço Rural., usufruindo da instalação deste tipo de agricultores e famílias, na preservação do meio ambiente, através do cuidado com as suas micro-empresas e do meio que os rodeia, certamente num futuro a curto prazo de inspiração biológica.
Só este tipo de agricultura está disponível para proporcionar a visita ás vindimas, cheirar o mosto e apreciar o vinho do lavrador, participar na colheita da famosa Pêra Rocha e aprender a comer esta deliciosa fruta quando madura, visitar apreciar as oficinas de produção artesanal de Doces, Licores, Compotas, Conservas… de Pêra Rocha, Ginja, Maçã, Ameixa, Uva, Couve Flor , Brócolos, Tomate… Artesanato e Artes Decorativas Rurais, Queijos de Cabra e Ovelha, Carnes Fumadas, passeios a Cavalo ou de Burro pelas vinhas, pomares ,horticulturas, florestas, pequenas barragens ou serras, rotas de moinhos com produtos rurais ou de restaurantes, porque não tabernas? com ementa rural ou biológica…
Todavia, é preciso procurar o futuro, este está ali ao lado, naqueles que são vitimas de uma sociedade urbana desumanizada , numa selva de cimento sem o calor humano da ruralidade.
“ Que bom! Avós e netos, sob o olhar atarefado dos pais, poderem brincar no quintal com o cão, o gato, a galinha, o coelho e alguns com cavalo, o burro ou a ovelha …, observando as estrelas até ao infinito, ouvir o cantar do rouxinol em dias de céu azul, o cantar das rãs em noites de luar, viver com as moscas que saltitam no dorso do pachorrento cavalo, que para em frente da pequena fabrica artesanal da Tia… que faz um diferente pão caseiro e bolos de erva doce, ás vezes barrados com doce de Pêra Rocha, Maçã Reineta, Uvada ou Arrobe… regados com uma agua pé ou jeropiga, quando não ás escondidas porque é proibido com um bagaço ou aguardente de pêra rocha…do alambique clandestino. “
Promover a ruralidade no concelho do Bombarral, é pensar no ordenamento do território, arranjar terrenos, e oferecer boas condições de habitabilidade em Espaço Rural, de instalação de pequenas e médias empresas de preferência agro-alimentares, turísticas ou de tecnologias inovadoras tendo em conta o ambiente, por exemplo acessórios para a manutenção das energias renováveis ? Para gerar empregos, fixar pessoas , evitando o abandono dos potenciais activos das nossas aldeias e fixando várias competências técnicas no concelho., é oferecer boas estruturas escolares, culturais, de prática desportiva e de apoio social a jovens e idosos.
Promover a ruralidade do concelho do Bombarral, é definir estratégias e pensar em projectos que objectivem candidaturas publicas e privadas, ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, para beneficiar da nova oportunidade de aumento das percentagens dos novos subsídios comunitários em virtude do concelho do Bombarral ter passado para a Região Centro.
Será demasiado ambicioso, recuperar e pôr a funcionar de forma integrada, estruturas de cultura, religiosidade e lazer, como o Teatro Eduardo Brasão, Palácio do Gorjão e auditórios adjacentes, Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal , Picoto, Grutas da Columbeira, Azenha da Columbeira, Batalha da Roliça, Mata Municipal do Bombarral, Rio Real….sem esquecer estruturas de apoio á agricultura e um mini – parque industrial para instalação de empresas e criar empregos .
O Bombarral tem futuro, mas não pode adormecer ! Tem de criar novas dinâmicas publicas para não estrangular as privadas ou continuaremos a ver o encerramento, de lojas, oficinas, escritórios e o meio rural a definhar. Será que para o Bombarral, o Aeroporto Internacional da Ota ou a A- 8 , é uma maldição? Outra coisa! O Caminho de Ferro do Oeste não interessa ao Bombarral ?
Não pode ser ! É só olhar para o lado e ver Óbidos e Lourinhã, e os grandes investimentos que estão na forja e o comendador Joe Berardo e alguns bancos que se preparam para instalar no Bombarral, não sabem o que andam a fazer?
O Bombarral tem futuro! Só que ainda não encontrou os trilhos do desenvolvimento.
Jà dizia o saudoso professor e filosofo Agostinho da Silva, “Cultura de Barriga Vazia não Presta”