terça-feira, 23 de junho de 2009

O Bombarral Presente e Futuro


O concelho de Bombarral passa por uma crise económica cujas consequências a curto prazo começam a ser graves e podem hipotecar o seu desenvolvimento futuro.
O seu desenvolvimento futuro está condicionado pela capacidade dos seus responsáveis autárquicos, em observarem com realismo os estrangulamentos económicos e sociais, que coartam as oportunidades e estimulam as ameaças á integração e participação no quadro conjuntural a nível Nacional e transnacional.
Actualmente, o Bombarral pode orgulhar – se da sua história, possui um património a utilizar no presente, projectando o futuro. Foi e é um concelho cuja economia depende quase exclusivamente da agricultura.
Esta depende em grande escala da produção de Pêra Rocha, na sua maioria através do pomar de sequeiro, á primeira vista uma fragilidade devido aos défices hídricos concelhios, mas porque não transformá - la numa mais valia em termos de Marketing de Qualidade, apoiado pelos requisitos qualitativos da Segurança Alimentar, produtos agrícolas e agro – alimentares produzidos com menor quantidade de agroquimicos, uma porta aberta para a criação de nichos de produção mais saudável e de novos mercados, á porta do Modo Biológico.
O comercio tradicional passa por momentos muito difíceis, as zonas nobres da vila, a rua do Comercio, o Largo da Igreja, a Praça da Republica, a Praça do Município, …..cada vez tem mais lojas vazias.
È preciso renovar, é preciso recuperar a dinâmica comercial de outrora, mas como? Será que os comerciantes tem que fazer obras, remodelarem os seus estabelecimentos e passarem a vender produtos de qualidade superior, a quem ?
A população residente cada vez tem menos rendimento, os agricultores, os pequenos comerciantes, industriais e prestadores de serviços, cada dia que passa, desfrutam de menor poder de compra. A crise está á porta, ou a Economia, não é uma permuta de bens ?
Mas, afinal o Bombarral está condenado ao endémico fracasso? Penso que não! Basta olhar para outros concelhos limítrofes.
A região do concelho do Bombarral, possui valiosas potencialidades naturais e de património edificado. A vila do Bombarral e o seu concelho tem uma situação geográfica privilegiada, a 45 minutos de Lisboa e Leiria, pertíssimo das praias da Nazaré, S. Martinho do Porto, Foz do Arelho, Baleal, Peniche, Consolação, Areia Branca Sta Cruz, Ericeira, Cascais e acessibilidades como nunca, para o resto do País e Europa.
Mas, afinal com estas condições, o que precisa o Bombarral? Que a nível autárquico, seja definida um estratégia de mobilização da sociedade civil e de apoio e promoção ás actividades económicas consideradas ancoras para o seu desenvolvimento económico e social sustentado.
Tem de ser feito um levantamento das potencialidades a nível da agricultura, comercio, industria, cultura, turismo, educação…, e de recursos humanos naturais ou residentes no Bombarral, a desempenhar funções, profissionais, técnicas, empresariais ou politicas no Pais e estrangeiro, e convidá – los a participar na recuperação económica e social da sua Terra.
O Bombarral não tem emigrantes? As suas comunidades por esse Mundo fora, não são uma mais valia para o Bombarral? A geminação com os Países Lusófonos, não tem interesse? Talvez tenha para abrir e consolidar caminhos a negócios e circulação de pessoas, em Angola, Moçambique, Cabo Verde , Brasil…
O concelho do Bombarral tem de encontrar os trilhos do desenvolvimento actual. Tem de criar condições para aproveitar o seu património, facilitando a instalação no seu território de empresas e pessoas, e consequentemente riqueza e emprego, factores fundamentais para dinamizar o comércio tradicional e a economia concelhia em geral.
Cada vez é mais urgente e importante a Câmara Municipal do Bombarral, definir e estabelecer uma politica de solos e de ordenamento do território, alterando o PDM, disponibilizando terrenos públicos e privados, para instalar empresas e pessoas, aproveitando as suas potencialidades endógenas e dando corpo á procura, em inicio de um Quadro Comunitário de Apoio.
Senão é vê – los a instalarem – se nos concelhos limítrofes amigos.

As Rotundas e a Cultura de Um Povo


Parabéns ! ao Luís de Matos.
Sim, merece - os porque dá um interessante contributo no "Noticias do Bombarral " do dia 01-01-07, a uma questão que tem a haver com a memória histórica sobre a constituição do concelho do Bombarral e das suas gentes, da sua cultura: actividades económicas e profissionais, hábitos, costumes, tradições…,retratadas ou não, na decoração e nos motivos históricos instalados nas suas rotundas.
Dentro desta perspectiva a AAO – Associação de Agricultores do Oeste em devido tempo sugeriu á Câmara Municipal do Bombarral, através do envio de documentos, provavelmente arquivados em algum dossier autárquico, ideias sobre alguns motivos históricos para decorar as rotundas que devem ser uma janela aberta para quem nos visita, começando a espreitar e a perceber a cultura do concelho do Bombarral. Atenção ao Turismo !
Sugestões:
- "Estátua do Agricultor" está descaracterizada não tem uma interpretação lógica, não tem uma interpretação popular. Então há que corrigir: Ladear a actual estátua com uma "Pêra e um Cacho Gigantes ", colocando á frente da estátua uma enxada simulando esta a pegar no cabo. ( Homenagem aos homens da Terra, trabalhadores rurais e ás duas culturas mais importantes do concelho, Fruta e Vinha);
- Rotunda da zona de Comercio e Serviços : uma Balança e uma Charrua ladeando o logótipo da Vila do Bombarral ( Homenagem ao Comerciantes e Metalurgicos , não se pode esquecer a importância já alcançada pelos armazenistas de vinhos, comércio grossista e a retalho…. ….e as oficinas de automóveis, serralharia/ metalurgia…. ).
- Rotunda da Caniceira : Motivos relacionados com as invasões francesas( a iniciar uma promoção ao Picoto, Grutas e Azenha da Columbeira, Planalto das Cezaredas, Batalha da Roliça….. )
Todo isto já poderia ter integrado projectos financiados nos anteriores QCAs, mas o próximo começa já em 2007. Os estudos destes projectos podem e devem ser protocolados com escolas superiores de arquitectura, artes e desenho, para realizarem trabalhos de fim de curso, escolherem inclusive os materiais e darem logo um pontapé de saída na promoção local.
È preciso é que estas sugestões sejam consideradas como contributos para o desenvolvimento do concelho do Bombarral, vamos produzir ideias sustentadas por uma pluralidade de conhecimentos, há que aproveitar as melhores, todos nunca seremos demais.
Parabéns Luís de Matos!

domingo, 21 de junho de 2009

O MEB e o CDS Estão por Cà


O MEB – Movimento Independentes Esperança Bombarral, como movimento cívico que é, procura ser um espaço de reflexão e debate sobre a realidade social, económica e cultural do concelho do Bombarral.
È constituído por um grupo de pessoas da sociedade civil, mas não fecha as portas a todos aqueles, que não estejam de acordo com a forma de estar e agir dos políticos que á sombra dos partidos, nos últimos anos tem manipulado o panorama político concelhio e a gestão da Câmara ou Assembleia Municipal, com prejuízo evidente para o concelho do Bombarral.
O MEB, está a agrupar um conjunto geracional de pessoas que ainda possuem uma perspectiva cultural bairrista, projectada para o desenvolvimento sustentado por uma memória histórica, que permita aos avós e netos sentirem orgulho em serem ou residirem no concelho do Bombarral.
O MEB, está a reunir um grupo com uma variação etária muito interessante do forma a assegurar o futuro, apostar nos jovens e na experiência de pessoas com várias competências académicas, técnicas e experiências profissionais, que poderão colmatar as fragilidades detectadas nos comportamentos e forma de agir, por parte dos responsáveis autárquicos dos últimos mandatos.
O MEB, não esconde e faz saber que é um espaço de convergência de pessoas com saberes, experiências, cultura política, diferentes, mas unidos para fazer algo pelo concelho do Bombarral.
Como o CDS-PP estava com dificuldades em organizar listas de candidatura aos órgãos autárquicos no concelho do Bombarral e havia a possibilidade de surgir uma lista de independentes, o MEB achou por bem fazer um acordo, e integrar os seus membros como independentes nas suas listas.
O MEB e o CDs do Bombarral estão muito agradecidos á rubrica do Noticias do Bombarda, " Nós por Cá" e á sua responsável, Susana Manco, a quem auguramos um extraordinário futuro político, cuja capacidade intelectual e vasta intervenção social e política, se dignou preocupar exaustivamente com um verdadeiro drama social, o esvaziamento político no CDS do Bombarral.
Ainda bem, o MEB e o CDS ficaram a saber que nos outros partidos tem pessoas que estão disposta em acudir a qualquer fatalidade, os amigos nunca são demais.
Foi uma manifestação de grande humanidade e preocupação com o próximo, foi um acto genial, começar a sua intervenção política pré – autárquicas, a meter no mesmo saco uma experiência socioplitica que foi uma brisa de ar fresca num ambiente político super poluído, o movimento de independentes o Bombarral Primeiro, quanto ao MEB não o queiram assassinar á nascença. .
Como pessoa culta e com vasta informação parece – me novamente genial descobrir e escrever que o Bombarral Primeiro, foi uma forma de enganar o eleitorado, " Os truques compensaram". As pessoas que o constituiram eram todas assim tão más ?, Serão honesta estas afirmações ? E porque será, só agora esta afronta ao Luís Camilo, não haverá alguma estratégia nova ?
Quanto aos membros do MEB vão humildemente integrando as listas CDS-PP, o programa eleitoral vai surgir no momento certo, após o contributo do grupo de trabalho MEB e o CDS .
Nós no MEB e no CDS, agradecemos a todas as pessoas que tem manifestado o seu interesse em integrar as listas ou contribuir com valencias para a elaboração de um programa real de acordo com as necessidades do concelho e das suas populações.
Tambem estamos preparados para sofrer alguns ataques de esquizofrenia política, mas já temos em stock uma vacina psicopolitica, para enfrentar uma pandemia provocada pelo vírus da mediocridade endógena que tem comandado a gestão política e autárquica concelhia.
Por isso, fomos buscar para já 2 Bombarralenses, que foram obrigados a fazer a sua carreira profissional fora do Bombarral, agora com a vida estabilizada voltaram a terra que os viu nascer, e neste momento estão disponíveis para liderar uma equipa com várias valências técnicas, meio caminho para a competência e discernimento decisório. O Eng. João Comparada para a Câmara Municipal e Dr. Luís Rego para a Assembleia Municipal.
Tudo farenmos para que a nossa amiga Susana Manco, fique descansada , não tenha necessidade de perder tempo com o MEB e o CDS, e fique com tempo suficiente para escolher uma lista ou partido de forma a poder dar o seu valioso contributo á causa politica e ao concelho.
Tambem fazemos saber que no MEB e CDs do Bombarral, não há disputa de lugares nem o CDS aceitava tal coisa, não pertencemos a aburguesadas famílias políticas, onde existem guerras pelos lugares entre reis, valetes e damas ambiciosas.
Um conselho de amigo, esteja sempre atenta ás outras listas, mas não se engane na escolha da sua, porque quando não estamos seguros no nosso partido ou não somos independentes, podemos ser enganados em pleno jardim do Éden político e uma vez que a rosa secou a laranja prometida pode ser azeda.
Só uma observação, o Bombarral Primeiro e o MEB, não são novidade , já houve uma experiência com uma lista de independentes apoiada em termos formais pelo PSN, que produziu matéria documental na Assembleia Municipal do Bombarral, de forma a criar o movimento cívico regional,
" A Guerra das Portagens do Oeste"

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Bombarral e o Mercado Rural


Os obreiros da actual conjuntura politica, uma aburguesada classe politica internacional, nacional, regional e até local, decidiram a seu belo prazer e fantasia, que a maioria dos cidadãos que garantem o quotidiano da vida produtiva do País, através das pequenas e medias empresas, estão condenados ao desemprego ou a emigrar para paragens sem destino.
O concelho do Bombarral, devido á sua constituição económica e social, demasiado dependente do sector primário, está perigosamente fragilizado.
A agricultura sem ajudas politicas, para poder competir num mercado politicamente aberto, sem regras, onde os produtos agricolas muitas vezes são vendidos abaixo dos custos de produção, com os factores de produção a subirem todos os dias, com uma excepção nos salários, leva em termos gerais a uma quebra de rendimento das familias.e dos cidadãos
Perante este cenário , o comercio, industria e serviços do concelho do Bombarral tem de estar confrontados com uma em latente crise endógena.
O Bombarral corre o risco de ser um concelho povoado por velhos, homens e mulheres, que depois de uma vida de trabalho, definham na saudade, devido á ausência dos seus entes mais queridos, obrigados a emigrar ou migrar para outras paragens, á procura de uma vida que a sua terra não lhe proporcionou.
Mas, o Bombarral tem potencialidades I Tem de ser promovidas, tem território, tem história, tem acessibilidades e ainda tem gente disposta a remar conta a maré fatalista.
Os agentes políticos, económicos, sociais e culturais…, se quiserem podem contribuir para tornar um desiderato que parece subjectivo, em realidade objectiva, e colocar o concelho do Bombarral no lugar que já foi seu.
È difícil, mas é preciso tentar1 Mas com a teimosia de alguns, fundamentada no conhecimento empírico, mas também técnico, enfrentando ventos e marés contrárias, devagar mas com mão firme no leme do barco, tentam chegar a bom porto.
A AAO – Associação de Agricultores do Oeste sempre defendeu a criação de uma rede de feiras de produtos tradicionais, no Oeste profundo e litoral. Estas feiras são um alternativo as grandes superfícies de distribuição agro – alimentar, onde os produtores, micro – comerciantes ou pequenos produtores podem vender todos os fins de semana, produtos agrícolas frescos convencionais e biológicos, doçaria, licores, compotas, pão caseiro, vinhos, mel, queijos, carnes fumadas, artesanato rural, artes decorativas rurais....
Este tipo de iniciativas foram estudadas há vários anos em trabalhos desenvolvidos pela ADRO - Agencia de Desenvolvimento da Região Oeste, com a participação da Associação de Agricultores do Oeste, na qualidade de entidade fundadora e integrando a sua direcção, e grupos técnicos, que desenvolveram vários trabalhos de pesquisa em Espanha, França e Portugal, no âmbito dó programa comunitário IQAD, objectivando o apoio e desenvolvimento das economias locais, á escala local.
Em, França há mais de uma dúzia de anos, contactámos com pequenas feiras de produtos agrícolas e agro - alímentares biológicos, produtos de fabrico artesanal ..em aldeias, vilas….no adro das igrejas, junto a património arquitectónico, caves de produção vinca …. aproveitando as sinergias do turismo na descoberta do Mundo Rural. Melhor criando , nichos de mercado para absorver nichos de produção, organizando nichos de oferta de produtos de qualidade.
Isto é uma perspectiva politica e social de fixar populações ao meio, e dinamizar o comercio e serviços locais, através da procura de produtos tradicionais de qualidade a preços mais atraentes por parte de uma população urbana, sequestrada nas malhas do quotidiano das grandes cidades.
O publico – alvo destes mercados são os fluxos demográficos urbanos que se deslocam, atravessando todos os fins de semana a Região, em direcção ás praias Oestinas ou possuem segunda habitação em ambiente rural, e pretendem comprar produtos de fabrico artesanal directamente aos produtores.
Como já existem, aos Sábados em Óbidos, o Mercado de Produtos Biológicos, no primeiro Sábado de cada mês em Torres Vedras a Feira Rural, no ultimo Sábado de cada mês na Lourinhã, a Feira da Batata – Mostra do Mundo Rural, organizada pela AAO, em parceria com o Município da Lourinhã, desde Setembro de 2005, foi considerado por esta, que o Bombarral possui potencialidades para integrar esta rede.
A AAO depois de realizar várias reuniões com o presidente da Junta de Freguesia do Bombarral, que manifestou todo o interesse, só tardou uma fonte de financiamento para iniciar o certame.
Entretanto a AAO depois de realizar algumas reuniões com o Vereador da Agricultura da CMB, apresentou por escrito uma proposta para a realização de um certame denominado " Mercado dos Sabores e Artes Rurais.. com o horário das 9h ás 18h, realizado na Praça do Municipio. Rua do Comercio, parte da Rua Luís de Camões a fazer ligação ao Largo da Igreja. Com uma valência a agregar a este mercado, a criar com o sector da restauração uma rota de restaurantes com ementa rural e uma bio – ementa…para motivar a vinda de pessoas ao Bombarral, habituados a comer pizas e pô - los a comer bem. Tardou uma resposta e então a AAO resolveu levar o assunto a uma reunião publica da CMB.
Esta intenção foi conhecida, e levou á constituição de um grupo de trabalho, de que fizeram parte, Feliz Alberto Jorge - AAO, Marcos Proença e Susana Manco - Comerciantes e Jose Manuel Vieira – JF Bombarral.
Foi acordado entrar para a comissão a CMB, o mercado passou a chamar – se Mercado Rural, era para começar em Abril de 2008, a CMB atrasou financiamento par comprar alguns equipamentos, toldos e mesas, criar uma estratégia promocional, e adiou de forma uniteral, o seu inicio
Actualmente, a CMB chamou a si a organização do Mercado Rural, ignorando as pessoas e as instituições, que apresentaram a proposta inicial e os representantes dos comerciantes que viram esquecida uma promessa politica por parte da CMB. O Mercado Rural seria uma contrapartida ao comercio tradicional, em relação á instalação no Bombarral, da empresa de distribuição retalhista MODELO.
Em Portugal e no Oeste, como se pensa tudo em grande muitas vezes para gáudio das moscas, é bom que no Bombarral se avance á sua medida, pensando sempre no futuro.