terça-feira, 21 de setembro de 2010

PARTIDOS POLITICOS DEMOCRACIA e CIDADANIA



Actualmente, a sociedade, as pessoas, os cidadãos, passam por inumeras dificuldades no quotidiano do dia a dia, a vida tornou - se dificil para alguns, ora as dificuldades podem ser materiais, ora podem ser ao nivel dos afetos, o sentido de comunidade solidária multietária, está a desmorenar- se.
Os poderes mandantes erm Portugal, tem desenvolvido uma estratégia cultural e educacional materialista, mãe ou madrasta de um terrivel virus social, o individualismo, parente de um crescente egoismo no seio da sociedade actual, onde o grande objectivo é estrangular a inteligência e iniciativa daqueles que ousam opôr- se, através de uma orientação de conduta social mais abrangente e humanista.
Esta estratégia dominada pelos instrumentos politicos – legislativos, favorece temporáriamente, somente alguns, só aqueles que se dispõem a transportar fisicamente, socialmente e intelectualmente, algumas albardas partidárias, tão inibidoras da capacidade de pensar e agir, responsável por práticas egocentricas, onde cada um pensa somente em si e nos cifrões, e cada vez menos nos outros e na comunidade que os sustenta.
Os poderes responsaveis pela degradação das condições de vida da sociedade, utilizam cada vez mais as pessoas, através dos instrumentos de pressão mediatica, levando – as muitas vezes inconscientemente, a lutarem contra si próprias, no desespero da procura da sobrevivência.
Estes cidadãos são manipulados para não estarem disponiveis e preparados, para o confronto, comparação e debate pedagógico de ideias, atropelam muitas vezes sem saberem, uma ética que respeite a condição humana e a solidariedade respeitadora das pessoas e consequentemente dinamize o desenvolvimento da comunidade de que fazem parte ou estão inseridos.
Tudo isto está a acontecer devido ao aproveitamento oportunista por parte de grupos sociais, acantonados nos partidos politicos, enclausurando a democracia, através da usurpação da representação politica e civica, ancorada em leis cozinhadas por eles próprios.
Os partidos politicos na actualidade em vez de serem o combustivel alimentador da Democracia, estão a desgastar a sua imagem, através de verdadeiros golpes de baú, desbaratando algumas vezes em seu proveito, os dinheiros publicos, com falinhas mansas, promessas não cumpridas, a modos de campanha eleitoral permanente, manipulando e iludindo os cidadãos de boa vontade, para pagarem cada vez mais impostos, e continuarem a ser a ancora das suas bases, garantindo a sua sobrevivência e da élite dos seus correligionários.
Os partidos politicos teimam em não alterarem as leis eleitorais, porque sabem que algo mudaria se permitissem e facilitassem a intervenção politica de grupos da sociedade civil na Assembleia da Republica e nas Autarquias.
Os partidos politicos são os detentores do poder politico, direcamente ou indirectamente, através dos seus apaniguados estratégicamente colocados em lugares de intervenção politica, meios de produção legislativa, mandantes da economia e finanças, tecnica e ciencia, educação e cultura…. principais responsáveis pela degradação actual da economia e das condições de vida e assimetrias sociais, cultivam o individualismo e o egoismo, como um escudo invisivel para protegerem fragilidades ao nivel da competencia e conhecimento, estrangulando os valores mais sábios e humanistas, a solidariedade e a amizade.
Convém chamar á atenção da sociedade de que fazemos parte, que muitos dos comportamentos anti – sociais, trazidos ao conhecimento dos portgueses, através das transmissões diárias pela televisão, radio, internet ou jornais, podem não estar assim tão longe de Portugal.
Os conflitos sociais mais ou menos violentos, acontecem em sociedades com grandes assimetrias económicas e de cidadania, são pouco tranquilas, onde as pessoas vivem em luxuosas habitações, ao abrigo das grades e guardas costas, ou na rua, cujas faltas e amarguras, fazem despertar instinto animalescos violentos, onde, as classes dominantes acenam com a ameaça da guilhotina do desemprego e da miséria.
Em Portugal, os mais ou menos poderosos tem de se convencer, que só existirá tranquilidade social, quando alguns estiverem bem e os outros não estiverem mal.
Os partidos politicos para dignificarem e defenderem a Democracia, e a vida das pessoas, tem de sofrer uma reorientação ética, deixarem – se do diz tu, direi eu, abrirem – se á sociedade civil, baseada na escolha de pessoas com experiencia de vida, com competencia civica, empirica e tecnica, de forma a evitarem que os seus responsáveis organizacionais e lideres, manifestem confregedoras fragilidades ao nivel da personalidade e competencia, que na actualidade, provocam enormes dificuldades e pouca capacidade para resolverem problemas do quotidiano das comunidades que os elegem, e assumirem uma orientação civica e humanistica em prol dos municipes e cidadãos, que devem ser a principal razão para a sua existencia.
Os partidos politicos para que a Democracia tenha futuro, tem de se regenerar, combater a promiscuidade entre a politica, economia, empregos dourados…, sem levar em linha de conta as competencias tecnicas e pessoais.
Não podem continuar a ser chefe partidário local, regional ou nacional, ministro, secretário de estado, deputado, dirctor regional ou nacional, administrdor ou autarca, assessor ou consultor, chefe de gabinete….pessoas sem competencia para tal, não basta o cartão partidário ou até o certificado académico, o dia a dia, mostra que é inevitavelmente necessário possuir maturidade, saber o que é o trabalho, possuir experiência de vida, para compreender os problemas e saber ouvir as pessoas.
Para evitar o acesso a cargos com responsabilidade politica, tecnica e social, por parte de cidadãos sem qualquer competencia para além do cartão do partido politico, a sociedade civil tem de fazer algo, mobilizando – se a nivel social, exercendo o poder da cidadania nas colectividades, freguesias, concelhos, regiões e outros orgãos do poder politico, administrativo e social.
As pessoas em defesa da Democracia tem de bater-se e reforçar a intervençao social grupal, não baixar os braços numa resignação ou humilde submissão, tem de lutar pelos valores que os direitos e obrigações de cidadania lhe outorgam, na procura do respeito mutuo, felicidade humana e o bem estar das gerações actuais e futuras

FEIRA da PERA ROCHA e um Concelho

A Pera Rocha é uma variedade portuguesa, que em 1836, através de semente, surgiu num quintal em Sintra, cuja propriedade pertencia a um alquilador de cavalos, de nome António Rocha.
Este senhor, ao contatar com um delicioso fruto, atraente, doce e muito aromático, cuja durabilidade não tinha comparação com outros similares, numa epoca em que não existiam frigorificos, não guardou segredo e esmerou –se em mostrá –lo e dar a provar aos seus amigos.
Estes ficaram estupefatos, começaram a querer conhecer tais fruteiras, embora dispersas, para retirarem varetas, levando -as para os seus quintais, através do enraizamento varietal ou enxertia de outras variedades consideradas de menor qualidade.
E assim, a variedade de Pera Rocha de forma quase envergonhada, porque nessa epoca não havia hábitos de consumo de fruta, chegou de forma dispersa ou em bordaduras, ao concelho do Bombarral, fruto de uma penetração timida em territorios de vinho e cereais, a Estremadura, com o adolescente Oeste a tentar emancipar – se.
O concelho do Bombarral, sem preconceitos ou complexos de qualquer espécie, tem a obrigação e o direito de assumir – se, como o Berço Histórico, assim como Sintra da maternidade, dessa deliciosa pera de nome, Rocha.
Chegou ao concelho do Bombarral, há quase um século, á varzea da Requeixada, do lado de lá, do Rio Real, piscando o olho á baixa Bombarralense, onde foi plantado o primeiro pomar de Pera Rocha do Mundo, ordenado e com dimensão económica. Esse pomar ainda existe e obtem excelentes produções, e no Casal do Urmal, freguesia do Vale Covo, algumas irmãs ou primas, na actualidade ainda rivalizam em quantidade e qualidade com pomares mais novos.
O Concelho do Bombarral, possui um Micro – Clima e terrenos franco - argilosos favorecidos pela natureza, para a produção de Pera Rocha.
Como prova ao longo de quase um século, a produção de excelentes frutos em sequeiro, a sua genética, através de clones apropriados, dotam – nos com carateristicas organaléticas impares, são rústicos, suportam conservação e transporte, a sua doçura e aroma, convertem – nos em apeteciveis manjares, em fresco de preferencia maduros já com uma cor amarelada, ou transformados em bolos, compotas, licores, conservas e outras delicias culinárias….
Os pomares de Pera Rocha, instalados em sequeiro, em particular de Meia Encosta, em terrenos ferteis e clones selecionados, foram estudados há mais de duas decadas pelo saudoso e estudioso, Eng Amado da Silva e seu colaborador directo Eng Jose Alexandre, por um lado, como alternativa á rega e ao excesso de utilização de agroquimicos, e a necessidade de racionalizar o consumo de um recurso natural que começa a escassear, a água, e preservar em termos ambientais os lençois freaticos, consolidando a possibilidade de reduzir os custos de produção e produzir frutos mais saudáveis.
As Peras Rochas produzidas em sequeiro, no concelho do Bombarral, foram o suporte nestes ultimos 30 anos, para enfrentarem as amarguras de conservação e transporte, que facilitou á penetração em vários mercados, internos e internacionais.
Esta prática cultural da Pera Rocha em sequeiro, na região do concelho do Bombarral, desde que seja apoiada pelos autarcas e politicos locais junto dos foros competentes, estruturas concelhias de comercio grossista da Pera Rocha, poderá ser a ancora, a boia de salvação de uma economia concelhia e população sem rumo.
Em sequeiro, a “Pera Rocha Natureza”, atinge mais facilmente o ponto ideal de consumo, o chamado BRIX, exigido pelas tecnicas de conservação e importadores mais exigentes e longinquos, associadas ás tecnicas do Marketing Social, Natureza, Turistico…trabalhando em prol da criação de emprego, saude alimentar, gastronomia á base de produtos frescos e naturais, qualidade de vida, pode recolocar o nome do Bombarral, num patamar de imagem de desenvolvimento, que poderá abrir portas a outras valencias.
(Convém pensar que outras valencias só aparecerão, se fôr criado um Parque Tecnologico, para dar sequencia aos pedidos de informação de terrenos disponiveis para instalar empresas, que surgem na câmara municipal, várias vezes por semana.)
Aqui surge a Feira Nacional da Pera Rocha – Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional, como uma montra para mostrar o que existe no Mundo Rural concelhio, como foi proposto há 17 anos, pela Associação de Agricultores do Oeste, e assumiu a sua realização durante 15 anos, com pouco meios, €15000, até que surgiu a anterior gestão camarária, que pagou sempre com grande atraso e algumas vezes nem isso, achou por bem assumir directamente a sua organização no ultimo ano do mandato, e por incompetencia ou má fé, deixou € 30000 de divida a fornecedores e prestadores de serviços.
Daí as dificuldades da actual Camara Municipal do Bombarral, em organizar em 2010, o Festival do Vinho e a Feira da Pera Rocha, o Jose Manuel Vieira, o senhor presidente, tem de agradecer aos seus companheiros que se dizem do seu partido, a prenda, a partida de lhe pregaram, dividas de € 50.000 do Festival do Vinho e € 30.000 da Feira da Pera Rocha do ano de 2009.
Esta herança e prenda, deixada pela anterior câmara municipal, demonstra o nivel de bairrismo, de orgulho em ser do Bombarral, de lealdade, de respeito pelas pessoas e coisas. Este comportamento explica a desconsideração, o desinteresse em pagar os dinheiros que permitem ás juntas de freguesia, colectividades, associações, …. fazerem obra e mobilizarem as suas comunidades.
Contrataram os “Santos e Pecadores” para o Festival do Vinho de 2009….fizeram uma grande festa…prometeram mundos e fundos aos trabalhadores camarários, para lhe apanharem os votos, depois para lixarem o “Vieira”,… mas deixaram os cofres vazios e dividas, má sorte a dos Bombarralenses, confiaram neles, mas com gente desta, o Bombarral não podia sair da cepa torta, foram tão vingativos, que até lixaram os deles !
Á população concelhia, agora, só resta acreditar que nos próximos 3 anos, as pessoas que constituem o actual executivo camarário, sejam autenticos e verdadeiros Bombarralenses.

domingo, 5 de setembro de 2010

FESTIVAL de HISTÓRIA e VINHO


A autarquia do Bombarral, quando afecta em termos orçamentais verbas financeiras, para realizar certames de animação e promoção económica e turistica, deve deitar mão á sua memória histórica, á sua génese de formação concelhia, extrapolando e valorizando, o historial de um passado, que associado a uma actualidade recheada de fragilidades e equivocos, abra horizontes para alavancar uma nova estrategia de desenvolvimento.
No Bombarral, quando se fala em certames com projecção Nacional, necessáriamente tem – se de falar e pensar, na Feira Nacional da Pera Rocha – Mostra de Artesanato Doçaria e Gastronomia Regional, e no Festival do Vinho Português, se houver vontade politica, uma visão bairrista afastada de preconceitos mesquinhos, poderão ser uma mostra museológica de um passado de grande valia histórica, impulsionador de uma montra contemporânea, de um presente, delineador de um futuro que não tem tempo para esperar.
Hoje, vamos falar do Festival do Vinha, porque é importante recordar, que a criação do concelho do Bombarral, tem uma umbilical ligação ao vinho e á construção do Caminho de Ferro, as primeiras vinhas foram plantadas por Lafetá na Quinta dos Loridos, no sec.XVI , seguindo – se uma forte expansão no sec XIX. .
No sec XIX e XX, nesta expansão teve grande importancia o trabalho dos pequenos e médios proprietarios agricolas, rendeiros, trabalhadores rurais, que abandonaram a produção de cereais, arrotearam bravios pinhais e matagais, alquevaram montes e vales, plantando novas vinhas.
O concelho do Bombarral deve uma homenagem aos valorosos migrantes oriundos de varias regiões do País, cuja força de trabalho ou capacidade empresarial, contribuiram de forma decisiva para a consolidação economica e social, que levou á criação do concelho, uma vez que instalaram prestigiosas empresas e aumentaram significativamente a população residente
O Bombarral não tem aproveitado a recriação historica, a influencia que o Caminho de Ferro teve na sua constituição como concelho e desenvolvimento economico e social, estimulou a plantação de vinhas, a instalação de armazenistas e comercialização de fertilizantes e fungicidas, CUF e SAPEC, a instalação de importantes armazenistas e comerciantes de vinho e seus derivados.
Os vinhos e aguardentes do Bombarral, numa epoca em que não havia estradas, eram precisas 2 juntas de bois, para puxar um carro, transportando um casco cheio de vinho ate á vila, onde estavam sedeados os armazens, que o recepcionavam, para posteriormente transporta - los em Vagons, carregados de cascos ou barris, ate ao Porto Maritimo de Lisboa, algum até chgou á Suiça, muito era enviado pachorradamente por via maritima até Angola e Moçambique, ainda hoje, na cidade do Maputo, a marca Bombarril é uma referencia, e seguindo o trilho dos carris para Norte, chegou ás proximidades dos lendários armazens de Vila Nova de Gaia/Porto, Vinho do Porto..
A memória histórica do vinho do Bombarral, põe á disposição de politicos, estudiosos, historiadores, formadores, designers, artesãos, tecnicos de marketing e turismo, produtores, entusiastas e organizadores, toda uma amalgma de motivos temáticos temporais, que tem a obrigação de dignificar a memoria de humildes trabalhadores rurais, pequenos viticultores, empreendedores Bombarralenses com maior notariedade, e a história de empresas como, as Caves da Quinta dos Loridos, grupo Abel Pereira da Fonseca, Jose Barardo, Pereiras Bernardinos, Patuleias e Patuleias, Sá Dias e Filho, Armazem da Borra, Junta Nacional do Vinho, Adega Cooperativa do Bombarral, Adegas particulares .….
O Bombarral por motivos politico – conjunturais, que nunca defenderam uma pratica grupal de produção e comercialização na vitivinicultura, viu a sua estrutura mini – fundiária, impotente para enfrentar as directivas que a CEE impôs, e actualmente a viticultura tem uma importancia economica e social aquém do passado não muito distante.
Todavia, o Bombarral, na actualidade continua a ser conhecido á custa do vinho, a nivel nacional e internacioal, através do esforço empresarial da Companhia Agricola do Sanguinhal e das Caves da Quinta dos Loridos.
Já que estamos a falar do vinho e do Festival do Vinho, temos obrigação de não deixar esquecer 2 pessoas, que por direito próprio, ficarão para sempre ligados á historia deste certame, pela disponibilidade pessoal e artistica, que ao longo dos tempos sempre manifestaram, eu, tenho de tirar o chapéu, ao senhor Henrique Cortes e á memória do saudoso Vítor da Custódia.