sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A CÂMARA FUNCIONÀRIOS e MUNICIPES

O Bombarral tem potencialidades e ainda bem, mas tardiamente alguns começaram reparar que está bem localizado geograficamente, possui boas acessibilidades, está próximo de aglomerados urbanos e populacionais importantes, e está na rota de pólos de desenvolvimento turístico regional em crescimento, como as maravilhosas praias do Oeste, Óbidos, Alcobaça, Fátima e até da Serra do Montejunto.
Tem necessariamente de identificar as suas fragilidades económicas, sociais e organizacionais, de forma a encontrar uma estratégica terapêutica politica e administrativa, para uma politica autárquica , que há mais de uma dùzia de anos, está a coarctar a possibilidade de entidades publicas e privadas, beneficiarem dos fundos comunitários, dos Quadros Comunitários de Apoio, e a realização de projectos estruturantes, lançando o concelho do Bombarral, para os ultimos lugares do ranking regional e distrital do desenvolvimento..
O próximo executivo camarário Bombarralense, necessita urgentemente de activar uma permanente e informada acção politica, junto dos foros políticos regionais e nacionais, de forma a reabilitar o prestigio que outrora já granjeou, tem de voltar a ser um concelho respeitado, onde as pessoas tenham orgulho em viver e trabalhar.
Os Bombarralenses precisam de uma câmara municipal, que apoie a criação de empresas, que apoie a criação de emprego, que ajude a criar condições para fixar a sua população activa., que tenha em atenção a população jovem e os mais idosos.
Para que estes desideratos sejam possíveis, não é preciso fazer grandes estudos económicos ou exercícios matemáticos, é preciso conhecer o concelho, as necessidades básicas da população, ter competências técnicas e humanas para aprender com os mais humildes e com aqueles que tiveram o privilégio de se sentar nos bancos da universidade.
Deve começar pelas coisa simples, como tal muito importantes, os recursos humanos. Ser funcionário municipal tem de ser uma profissão de prestigio junto da população. Como ninguém nasce ensinado, os funcionários municipais devem ter acesso a formação especifica, para poderem desempenhar funções e tarefas especificas..
Devem ter formação especifica, para melhorarem o atendimento em geral, e porque não em funções especificas, no Turismo, na Mata Municipal, no Palácio do Gorjão, nas Secções de Obras, Contabilidade, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Apoio Social, Cultura, Desporto, Educação.... de forma a evitar os actuais conflitos na organização da pirâmide hierárquica.
O novo executivo camarário, depois de proporcionar melhores condições de trabalho aos recursos humanos, deve procurar organizar as valências estruturais e organizacionais ligadas ao meio empresarial.. Deve criar estruturas de apoio ao cidadão empreendedor e ás empresas residentes, começando por disponibilizar terrenos e agilizar os processos formais, facilitando a implantação de novas empresas, gerando mais empregos e novas dinâmicas no comércio , serviços, agricultura e industrias ligeiras..
O novo executivo camarário, não se pode esquecer de uma pesada herança. Que o concelho do Bombarral possui, uma população rural envelhecida, vitima de politicas agrícolas erradas, prisioneiras de desumanas teorias economicistas, executadas por ilustres alunos/professores de uma União Europeia qualquer, onde os mercados sem regulação deixaram de respeitar os produtores agrícolas na sua dignidade como pessoas.( Tem de definir uma estratégia de apoio á sua cultura ancora, a Pêra Rocha.)
Esta teoria do mercado livre, obriga os produtores a venderem as suas produções abaixo dos custos de produção, a preços de há vinte anos, enquanto os factores de produção ( adubos, pesticidas, fungicidas, maquinas, gasóleo,…aumentam sem controle seis a sete vezes mais, e na pirâmide social, com influencia no crédito bancário…..ocupam os últimos lugares, ficando no limiar da sobrevivência, com dificuldades em garantirem as necessidades básicas.
Esta situação socioeconómica, faz com que o concelho do Bombarral, na actualidade, seja demograficamente uma Terra maioritariamente povoada por pessoas idosas, na sua maioria são pequenos e médios agricultores, que sem sair da escala oestina, cujas reformas por serem tão pequenas e a falta de rendimento das suas parcelas agrícolas, os estão a lançar nas fronteiras da pobreza.
È legitimo, que os cidadãos exijam aos novos autarcas, empenhamento para inverter este estado de coisas, der forma a garantir o futuro profissional dos jovens na terra que os viu nascer e junto dos seus idosos familiares.
Mas para que isto seja possível, é fundamental que o novo executivo camarário, apanhe as carruagens da frente do comboio politico regional, mas para tal, é necessário que possua competências técnicas e politicas. Porque, actualmente, o concelho do Bombarral não tem qualquer importância politica nas instituições politicas regionais e muito menos a nível nacional.
Esta pouca importância politica, são o principal estrangulamento na aprovação de projectos apresentados pelas instituições publicas e privadas, nos foros competentes , estão órfãs de uma retaguarda politica credível e empreendedora..

terça-feira, 18 de agosto de 2009

AUTARCAS e CIDADNIA

Estamos a viver um período de grande impacto social, as eleições. Refiro – me principalmente ás eleições autárquicas, uma vez que integram cidadãos locais, quanto ás legislativas, algumas vezes não se conhecem os candidatos.
As eleições autárquicas determinam a constituição de listas á câmara municipal, assembleia municipal e juntas de freguesia.
È um desempenho grupal de grande significado democrático, onde as pessoas se comprometem perante as comunidades locais, em dar uma expressão sublime ao exercício da cidadania.
Mobilizam – se amigos, conhecidos, ate se resolvem algumas desentendimentos, mas as listas a todo custo tem de ser constituídas. A interacção entre o mal e o bem é um perigo latente, para o desempenho da cidadania dentro de uma perspectiva democrática.
São constituídas listas, juntam – se pessoas, competências, vontades e até habilidades, logo o diabo espreita, mas, são riscos suportados pelo exercício da democracia.
Cada cidadão tem a obrigação de votar, até em branco, e o direito de aceitar a participação na lista que merece a sua confiança.
Cada cidadão tem o direito de fazer campanha, promover as listas, que merecem a sua simpatia e confiança.
Cada lista tem obrigação de apresentar e promover um programa, que identifique as fragilidades e potencialidades concelhias.
Cada lista tem o direito de questionar anteriores gestões autárquicas, e apresentar erros.
Cada lista tem a obrigação de apresentar programas com soluções alternativas.
Os candidatos a autarcas no regime democrático, tem a obrigação de ser um exemplo de cidadania. Sem esquecer os interesses do concelho do Bombarral, devem pugnar, lutar, pelas propostas e convicções manifestadas pelas suas listas.
Mas, não devem menosprezar e considerar como inimigos, os cidadãos que apoiam ou integram as outras listas.
Em principio, todos de acordo com as suas competências e possibilidades, pretendem o melhor para o concelho do Bombarral.
Num concelho, com graves défices de informação e conhecimento, ideias, planos, bom senso, dialogo...., nunca são demais.
Uns são melhores que os outros, talvez, mas só ás pessoas, enquanto cidadãos, através do direito regimental do voto, competem definir, quais são os mais capazes para merecerem a sua confiança.
È uma eleição, só um acto de cidadania, participam todos, ganha só um, no futuro que ganhem todos os Bombarralenses.














quarta-feira, 22 de julho de 2009

O BOMBARRAL ! CONCELHO com FUTURO !


O concelho do Bombarral nos ultimos anos parou no tempo, uma endémica passavidade nos órgãos de gestão política, estrangulou todas as oportunidades de desenvolvimento económico, debilitando os sectores produtivos, agricultura, comercio, serviços e industria.
O não aproveitamento dos fundos comunitários, a letargia face á criação de estruturas administrativas e fisícas, de modo a criar condições atractivas para manter actividades tradicionais e estratégicas , faz que na actualidade os agricultores abandonam o cultivo das as terras, as lojas e oficinas fecham, a pequena industria vai sobrevivendo com as encomendas exteriores e mantendo os empregos sem qualquer incentivo, o turismo nunca foi compreendido como importante, parece que anda mas...
Tem assistido á deslocalização de empresas para os concelhos limítrofes, por falta de condições de instalação no concelho do Bombarral, falta agilização na informação, recepção e aprovação da documentação necessária e faltam terrenos devidamente estruturados, o PDM é uma desculpa sem jeito, basta de desculpas, ´e preciso pôr as mãos á obra.
As populações do concelho do Bombarral, em idade activa, lamentavelmente são obrigadas a engrossar as estatísticas migratórias regionais, é só olhar e querer ver, o numero de autocarros expresso que partem todos os dias, cheios de pessoas para trabalhar nos concelhos limítrofes. È preciso querer ver, a necessidade de vários empresários e trabalhadores bombarralenses, em olharem para a emigração como solução existencial.
A memória histórica do concelho do Bombarral, evidencia a importância do vinho, na sua economia . A par da ocupação de pessoas e fixação de familias, armazenistas como, Abel Pereira da Fonseca, José Barardo, Pereiras Bernardinos, Patuleias e Patuleias, Sá Dias e Filho...levaram o nome do Bombarral, aos quatro cantos do mundo.
Actualmente, a Pera Rocha, Bacelo e Horticolas, são as culturas agricolas com maior ocupação de pessoas no concelho.
È importante, é fundamental para a promoção global do concelho do Bombarral, abrir um canal de dialogo e cooperação entre a Câmara Municipal do Bombarral e duas empresas ancora do turismo concelhio, A Quinta do Lòrido e a Companhia Agricolas do Sanguinhal. A suas valencias na área do enoturismo e do vinho de qualidade, são referencias obrigatórias do Bombarral do futuro
A capacidade de mobilização de fluxos demográficos da Quinta do Lórido, obriga necessariamente o futuro executivo camarário a estabelecer um protocolo de cooperação, e a definir um projecto de requalificação na margem Norte do Rio Real, de forma a criar percursos em ambiente rural, pedonais e viários, entre vinhedos e pomares.
Esta interacção entre a vila do Bombarral e a Quinta dos Lóridos é fundamental para o seu desenvolvimento, a Mata Municipal, o Palácio do Gorjão, o Teatro Eduardo Brasão, a sede do Bombarralense, a sede do Circulo de Cultura Musical Bombarralense, o Pavilhão Desportivo ...as adegas da Companhia Agrícola do Sanguinhal, as centrais fruteiras, adega Cooperativa, vinhedos, pomares, campos de bacelo e hortícolas, floresta, a requalificação do Picoto e das instalações de IVV, no Cintrão, esperam. Mas, atenção, é preciso começar por ordenar o transito no interior da vila do Bombarral e construir um parque de estacionamento para autocarros e caravanas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Peras Rochas.. Comercio..Emprego e Autarquicas


Em período de pré – eleitoral autárquico, o concelho do Bombarral, espera por novos actores no desempenho de funções autárquicas, que o coloquem nos trilhos do desenvolvimento e consequentemente na criação de empregos, captação e fixação de empresas.
Os futuros autarcas que venham ocupar as cadeiras do poder na Câmara Municipal do Bombarral, devem possuir competências técnicas e humanas para gerar dinâmicas interactivas com os técnicos e funcionários camarários, populações e organizações da sociedade civil, de forma a implementar um modelo de gestão ajustado ás necessidades e assimetrias concelhias, procurando eliminar estrangulamentos estruturais provocados por políticas autárquicas erradas, há mais de uma dúzia de anos
Tem de apoiar a agricultura, principalmente dois importantes segmentos sociais e económicos :.
- As empresas agricolas com dimensão económica para continuarem a sua missão de produzirem numa escala empresarial, e prosseguirem na consolidação de estratégias comerciais perante os mercados internos e em particular na pesquisa e penetração nos mercados emergentes da exportação.
As pequenas e micro – empresas agricolas ( dita agricultura familiar), que constituem maioritáriamente o tecido agrícola produtivo concelhio, geram produtos de alta qualidade, potenciam a consolidação de empregos, a fixação de pessoas ao meio e recursos humanos qualificados para desempenharem tarefas a tempo inteiro ou parcial, no meio empresarial local e regional..
Tem de definir e elaborar uma estratégia de apoio á promoção da Pera Rocha, vinho, horticultura, e bacelo, como culturas ancora do desenvolvimento agrícola e turístico do Mundo Rural concelhio..
Tem de criar um "Ninho de Empresas", de forma a proporcionar o apoio ás empresas residentes e a todas aquelas que se qeiram instalar. O concelho do Bombarral deve apostar nas industrias agro – alimentares e em tecnologias inovadoras limpas.
O futuro elenco camarário bombarralense tem de procurar reduzir os efeitos negativos, de um erro histórico cometido pelos ultimos executivos camarários, o desaproveitamento das vantagens energéticas, económicas e ambientais proporcionadas pelas energias renováveis.
A Câmara Municipal e a Assembleia Municipal do Bombarral, ao não apostarem na Energia Eólica( Moinhos Gigantes) perderam uma generosa fonte de receita para a autarquia e proprietários dos terrenos onde poderiam ser instaladas as torres de suporte aos mesmos.
A futura Câmara Municipal do Bombarral, tem de possuir as competências técnicas e de gestão, para criar uma estrutura organizacional de apoio á implementação das energias renováveis, de forma a criar condições para a utilização das micro – eólicas, mini – eólicas e fotovoltáicas, nos edifícios publicos, centrais fruteiras, estufas, adegas e armazéns agricolas, produção agrícola, comércio, industria, turismo e parque residencial...retirando daí as vantagens energéticas e ambientais que estas tecnologias permitem.
A futuro executivo camarário concelhio, ao de criar condições e promover a imagem de que é " Bom Viver e Trabalhar no Concelho do Bombarral", motivando a fixação de pessoas e empresas no seu território, está a contribuir decisivamente para a dinamização do comércio tradicional, industria e serviços.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Bombarral Presente e Futuro


O concelho de Bombarral passa por uma crise económica cujas consequências a curto prazo começam a ser graves e podem hipotecar o seu desenvolvimento futuro.
O seu desenvolvimento futuro está condicionado pela capacidade dos seus responsáveis autárquicos, em observarem com realismo os estrangulamentos económicos e sociais, que coartam as oportunidades e estimulam as ameaças á integração e participação no quadro conjuntural a nível Nacional e transnacional.
Actualmente, o Bombarral pode orgulhar – se da sua história, possui um património a utilizar no presente, projectando o futuro. Foi e é um concelho cuja economia depende quase exclusivamente da agricultura.
Esta depende em grande escala da produção de Pêra Rocha, na sua maioria através do pomar de sequeiro, á primeira vista uma fragilidade devido aos défices hídricos concelhios, mas porque não transformá - la numa mais valia em termos de Marketing de Qualidade, apoiado pelos requisitos qualitativos da Segurança Alimentar, produtos agrícolas e agro – alimentares produzidos com menor quantidade de agroquimicos, uma porta aberta para a criação de nichos de produção mais saudável e de novos mercados, á porta do Modo Biológico.
O comercio tradicional passa por momentos muito difíceis, as zonas nobres da vila, a rua do Comercio, o Largo da Igreja, a Praça da Republica, a Praça do Município, …..cada vez tem mais lojas vazias.
È preciso renovar, é preciso recuperar a dinâmica comercial de outrora, mas como? Será que os comerciantes tem que fazer obras, remodelarem os seus estabelecimentos e passarem a vender produtos de qualidade superior, a quem ?
A população residente cada vez tem menos rendimento, os agricultores, os pequenos comerciantes, industriais e prestadores de serviços, cada dia que passa, desfrutam de menor poder de compra. A crise está á porta, ou a Economia, não é uma permuta de bens ?
Mas, afinal o Bombarral está condenado ao endémico fracasso? Penso que não! Basta olhar para outros concelhos limítrofes.
A região do concelho do Bombarral, possui valiosas potencialidades naturais e de património edificado. A vila do Bombarral e o seu concelho tem uma situação geográfica privilegiada, a 45 minutos de Lisboa e Leiria, pertíssimo das praias da Nazaré, S. Martinho do Porto, Foz do Arelho, Baleal, Peniche, Consolação, Areia Branca Sta Cruz, Ericeira, Cascais e acessibilidades como nunca, para o resto do País e Europa.
Mas, afinal com estas condições, o que precisa o Bombarral? Que a nível autárquico, seja definida um estratégia de mobilização da sociedade civil e de apoio e promoção ás actividades económicas consideradas ancoras para o seu desenvolvimento económico e social sustentado.
Tem de ser feito um levantamento das potencialidades a nível da agricultura, comercio, industria, cultura, turismo, educação…, e de recursos humanos naturais ou residentes no Bombarral, a desempenhar funções, profissionais, técnicas, empresariais ou politicas no Pais e estrangeiro, e convidá – los a participar na recuperação económica e social da sua Terra.
O Bombarral não tem emigrantes? As suas comunidades por esse Mundo fora, não são uma mais valia para o Bombarral? A geminação com os Países Lusófonos, não tem interesse? Talvez tenha para abrir e consolidar caminhos a negócios e circulação de pessoas, em Angola, Moçambique, Cabo Verde , Brasil…
O concelho do Bombarral tem de encontrar os trilhos do desenvolvimento actual. Tem de criar condições para aproveitar o seu património, facilitando a instalação no seu território de empresas e pessoas, e consequentemente riqueza e emprego, factores fundamentais para dinamizar o comércio tradicional e a economia concelhia em geral.
Cada vez é mais urgente e importante a Câmara Municipal do Bombarral, definir e estabelecer uma politica de solos e de ordenamento do território, alterando o PDM, disponibilizando terrenos públicos e privados, para instalar empresas e pessoas, aproveitando as suas potencialidades endógenas e dando corpo á procura, em inicio de um Quadro Comunitário de Apoio.
Senão é vê – los a instalarem – se nos concelhos limítrofes amigos.

As Rotundas e a Cultura de Um Povo


Parabéns ! ao Luís de Matos.
Sim, merece - os porque dá um interessante contributo no "Noticias do Bombarral " do dia 01-01-07, a uma questão que tem a haver com a memória histórica sobre a constituição do concelho do Bombarral e das suas gentes, da sua cultura: actividades económicas e profissionais, hábitos, costumes, tradições…,retratadas ou não, na decoração e nos motivos históricos instalados nas suas rotundas.
Dentro desta perspectiva a AAO – Associação de Agricultores do Oeste em devido tempo sugeriu á Câmara Municipal do Bombarral, através do envio de documentos, provavelmente arquivados em algum dossier autárquico, ideias sobre alguns motivos históricos para decorar as rotundas que devem ser uma janela aberta para quem nos visita, começando a espreitar e a perceber a cultura do concelho do Bombarral. Atenção ao Turismo !
Sugestões:
- "Estátua do Agricultor" está descaracterizada não tem uma interpretação lógica, não tem uma interpretação popular. Então há que corrigir: Ladear a actual estátua com uma "Pêra e um Cacho Gigantes ", colocando á frente da estátua uma enxada simulando esta a pegar no cabo. ( Homenagem aos homens da Terra, trabalhadores rurais e ás duas culturas mais importantes do concelho, Fruta e Vinha);
- Rotunda da zona de Comercio e Serviços : uma Balança e uma Charrua ladeando o logótipo da Vila do Bombarral ( Homenagem ao Comerciantes e Metalurgicos , não se pode esquecer a importância já alcançada pelos armazenistas de vinhos, comércio grossista e a retalho…. ….e as oficinas de automóveis, serralharia/ metalurgia…. ).
- Rotunda da Caniceira : Motivos relacionados com as invasões francesas( a iniciar uma promoção ao Picoto, Grutas e Azenha da Columbeira, Planalto das Cezaredas, Batalha da Roliça….. )
Todo isto já poderia ter integrado projectos financiados nos anteriores QCAs, mas o próximo começa já em 2007. Os estudos destes projectos podem e devem ser protocolados com escolas superiores de arquitectura, artes e desenho, para realizarem trabalhos de fim de curso, escolherem inclusive os materiais e darem logo um pontapé de saída na promoção local.
È preciso é que estas sugestões sejam consideradas como contributos para o desenvolvimento do concelho do Bombarral, vamos produzir ideias sustentadas por uma pluralidade de conhecimentos, há que aproveitar as melhores, todos nunca seremos demais.
Parabéns Luís de Matos!

domingo, 21 de junho de 2009

O MEB e o CDS Estão por Cà


O MEB – Movimento Independentes Esperança Bombarral, como movimento cívico que é, procura ser um espaço de reflexão e debate sobre a realidade social, económica e cultural do concelho do Bombarral.
È constituído por um grupo de pessoas da sociedade civil, mas não fecha as portas a todos aqueles, que não estejam de acordo com a forma de estar e agir dos políticos que á sombra dos partidos, nos últimos anos tem manipulado o panorama político concelhio e a gestão da Câmara ou Assembleia Municipal, com prejuízo evidente para o concelho do Bombarral.
O MEB, está a agrupar um conjunto geracional de pessoas que ainda possuem uma perspectiva cultural bairrista, projectada para o desenvolvimento sustentado por uma memória histórica, que permita aos avós e netos sentirem orgulho em serem ou residirem no concelho do Bombarral.
O MEB, está a reunir um grupo com uma variação etária muito interessante do forma a assegurar o futuro, apostar nos jovens e na experiência de pessoas com várias competências académicas, técnicas e experiências profissionais, que poderão colmatar as fragilidades detectadas nos comportamentos e forma de agir, por parte dos responsáveis autárquicos dos últimos mandatos.
O MEB, não esconde e faz saber que é um espaço de convergência de pessoas com saberes, experiências, cultura política, diferentes, mas unidos para fazer algo pelo concelho do Bombarral.
Como o CDS-PP estava com dificuldades em organizar listas de candidatura aos órgãos autárquicos no concelho do Bombarral e havia a possibilidade de surgir uma lista de independentes, o MEB achou por bem fazer um acordo, e integrar os seus membros como independentes nas suas listas.
O MEB e o CDs do Bombarral estão muito agradecidos á rubrica do Noticias do Bombarda, " Nós por Cá" e á sua responsável, Susana Manco, a quem auguramos um extraordinário futuro político, cuja capacidade intelectual e vasta intervenção social e política, se dignou preocupar exaustivamente com um verdadeiro drama social, o esvaziamento político no CDS do Bombarral.
Ainda bem, o MEB e o CDS ficaram a saber que nos outros partidos tem pessoas que estão disposta em acudir a qualquer fatalidade, os amigos nunca são demais.
Foi uma manifestação de grande humanidade e preocupação com o próximo, foi um acto genial, começar a sua intervenção política pré – autárquicas, a meter no mesmo saco uma experiência socioplitica que foi uma brisa de ar fresca num ambiente político super poluído, o movimento de independentes o Bombarral Primeiro, quanto ao MEB não o queiram assassinar á nascença. .
Como pessoa culta e com vasta informação parece – me novamente genial descobrir e escrever que o Bombarral Primeiro, foi uma forma de enganar o eleitorado, " Os truques compensaram". As pessoas que o constituiram eram todas assim tão más ?, Serão honesta estas afirmações ? E porque será, só agora esta afronta ao Luís Camilo, não haverá alguma estratégia nova ?
Quanto aos membros do MEB vão humildemente integrando as listas CDS-PP, o programa eleitoral vai surgir no momento certo, após o contributo do grupo de trabalho MEB e o CDS .
Nós no MEB e no CDS, agradecemos a todas as pessoas que tem manifestado o seu interesse em integrar as listas ou contribuir com valencias para a elaboração de um programa real de acordo com as necessidades do concelho e das suas populações.
Tambem estamos preparados para sofrer alguns ataques de esquizofrenia política, mas já temos em stock uma vacina psicopolitica, para enfrentar uma pandemia provocada pelo vírus da mediocridade endógena que tem comandado a gestão política e autárquica concelhia.
Por isso, fomos buscar para já 2 Bombarralenses, que foram obrigados a fazer a sua carreira profissional fora do Bombarral, agora com a vida estabilizada voltaram a terra que os viu nascer, e neste momento estão disponíveis para liderar uma equipa com várias valências técnicas, meio caminho para a competência e discernimento decisório. O Eng. João Comparada para a Câmara Municipal e Dr. Luís Rego para a Assembleia Municipal.
Tudo farenmos para que a nossa amiga Susana Manco, fique descansada , não tenha necessidade de perder tempo com o MEB e o CDS, e fique com tempo suficiente para escolher uma lista ou partido de forma a poder dar o seu valioso contributo á causa politica e ao concelho.
Tambem fazemos saber que no MEB e CDs do Bombarral, não há disputa de lugares nem o CDS aceitava tal coisa, não pertencemos a aburguesadas famílias políticas, onde existem guerras pelos lugares entre reis, valetes e damas ambiciosas.
Um conselho de amigo, esteja sempre atenta ás outras listas, mas não se engane na escolha da sua, porque quando não estamos seguros no nosso partido ou não somos independentes, podemos ser enganados em pleno jardim do Éden político e uma vez que a rosa secou a laranja prometida pode ser azeda.
Só uma observação, o Bombarral Primeiro e o MEB, não são novidade , já houve uma experiência com uma lista de independentes apoiada em termos formais pelo PSN, que produziu matéria documental na Assembleia Municipal do Bombarral, de forma a criar o movimento cívico regional,
" A Guerra das Portagens do Oeste"

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Bombarral e o Mercado Rural


Os obreiros da actual conjuntura politica, uma aburguesada classe politica internacional, nacional, regional e até local, decidiram a seu belo prazer e fantasia, que a maioria dos cidadãos que garantem o quotidiano da vida produtiva do País, através das pequenas e medias empresas, estão condenados ao desemprego ou a emigrar para paragens sem destino.
O concelho do Bombarral, devido á sua constituição económica e social, demasiado dependente do sector primário, está perigosamente fragilizado.
A agricultura sem ajudas politicas, para poder competir num mercado politicamente aberto, sem regras, onde os produtos agricolas muitas vezes são vendidos abaixo dos custos de produção, com os factores de produção a subirem todos os dias, com uma excepção nos salários, leva em termos gerais a uma quebra de rendimento das familias.e dos cidadãos
Perante este cenário , o comercio, industria e serviços do concelho do Bombarral tem de estar confrontados com uma em latente crise endógena.
O Bombarral corre o risco de ser um concelho povoado por velhos, homens e mulheres, que depois de uma vida de trabalho, definham na saudade, devido á ausência dos seus entes mais queridos, obrigados a emigrar ou migrar para outras paragens, á procura de uma vida que a sua terra não lhe proporcionou.
Mas, o Bombarral tem potencialidades I Tem de ser promovidas, tem território, tem história, tem acessibilidades e ainda tem gente disposta a remar conta a maré fatalista.
Os agentes políticos, económicos, sociais e culturais…, se quiserem podem contribuir para tornar um desiderato que parece subjectivo, em realidade objectiva, e colocar o concelho do Bombarral no lugar que já foi seu.
È difícil, mas é preciso tentar1 Mas com a teimosia de alguns, fundamentada no conhecimento empírico, mas também técnico, enfrentando ventos e marés contrárias, devagar mas com mão firme no leme do barco, tentam chegar a bom porto.
A AAO – Associação de Agricultores do Oeste sempre defendeu a criação de uma rede de feiras de produtos tradicionais, no Oeste profundo e litoral. Estas feiras são um alternativo as grandes superfícies de distribuição agro – alimentar, onde os produtores, micro – comerciantes ou pequenos produtores podem vender todos os fins de semana, produtos agrícolas frescos convencionais e biológicos, doçaria, licores, compotas, pão caseiro, vinhos, mel, queijos, carnes fumadas, artesanato rural, artes decorativas rurais....
Este tipo de iniciativas foram estudadas há vários anos em trabalhos desenvolvidos pela ADRO - Agencia de Desenvolvimento da Região Oeste, com a participação da Associação de Agricultores do Oeste, na qualidade de entidade fundadora e integrando a sua direcção, e grupos técnicos, que desenvolveram vários trabalhos de pesquisa em Espanha, França e Portugal, no âmbito dó programa comunitário IQAD, objectivando o apoio e desenvolvimento das economias locais, á escala local.
Em, França há mais de uma dúzia de anos, contactámos com pequenas feiras de produtos agrícolas e agro - alímentares biológicos, produtos de fabrico artesanal ..em aldeias, vilas….no adro das igrejas, junto a património arquitectónico, caves de produção vinca …. aproveitando as sinergias do turismo na descoberta do Mundo Rural. Melhor criando , nichos de mercado para absorver nichos de produção, organizando nichos de oferta de produtos de qualidade.
Isto é uma perspectiva politica e social de fixar populações ao meio, e dinamizar o comercio e serviços locais, através da procura de produtos tradicionais de qualidade a preços mais atraentes por parte de uma população urbana, sequestrada nas malhas do quotidiano das grandes cidades.
O publico – alvo destes mercados são os fluxos demográficos urbanos que se deslocam, atravessando todos os fins de semana a Região, em direcção ás praias Oestinas ou possuem segunda habitação em ambiente rural, e pretendem comprar produtos de fabrico artesanal directamente aos produtores.
Como já existem, aos Sábados em Óbidos, o Mercado de Produtos Biológicos, no primeiro Sábado de cada mês em Torres Vedras a Feira Rural, no ultimo Sábado de cada mês na Lourinhã, a Feira da Batata – Mostra do Mundo Rural, organizada pela AAO, em parceria com o Município da Lourinhã, desde Setembro de 2005, foi considerado por esta, que o Bombarral possui potencialidades para integrar esta rede.
A AAO depois de realizar várias reuniões com o presidente da Junta de Freguesia do Bombarral, que manifestou todo o interesse, só tardou uma fonte de financiamento para iniciar o certame.
Entretanto a AAO depois de realizar algumas reuniões com o Vereador da Agricultura da CMB, apresentou por escrito uma proposta para a realização de um certame denominado " Mercado dos Sabores e Artes Rurais.. com o horário das 9h ás 18h, realizado na Praça do Municipio. Rua do Comercio, parte da Rua Luís de Camões a fazer ligação ao Largo da Igreja. Com uma valência a agregar a este mercado, a criar com o sector da restauração uma rota de restaurantes com ementa rural e uma bio – ementa…para motivar a vinda de pessoas ao Bombarral, habituados a comer pizas e pô - los a comer bem. Tardou uma resposta e então a AAO resolveu levar o assunto a uma reunião publica da CMB.
Esta intenção foi conhecida, e levou á constituição de um grupo de trabalho, de que fizeram parte, Feliz Alberto Jorge - AAO, Marcos Proença e Susana Manco - Comerciantes e Jose Manuel Vieira – JF Bombarral.
Foi acordado entrar para a comissão a CMB, o mercado passou a chamar – se Mercado Rural, era para começar em Abril de 2008, a CMB atrasou financiamento par comprar alguns equipamentos, toldos e mesas, criar uma estratégia promocional, e adiou de forma uniteral, o seu inicio
Actualmente, a CMB chamou a si a organização do Mercado Rural, ignorando as pessoas e as instituições, que apresentaram a proposta inicial e os representantes dos comerciantes que viram esquecida uma promessa politica por parte da CMB. O Mercado Rural seria uma contrapartida ao comercio tradicional, em relação á instalação no Bombarral, da empresa de distribuição retalhista MODELO.
Em Portugal e no Oeste, como se pensa tudo em grande muitas vezes para gáudio das moscas, é bom que no Bombarral se avance á sua medida, pensando sempre no futuro.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Não Liquidem um Concelho Rural


Mais uma vez o concelho do Bombarral e as suas gentes, estão á beira de ser vitimas da leviandade de pessoas no exercício de funções políticas, sem quaisquer indícios de conhecimento sobre a génese e matriz cultural, social e económica concelhia.
Na área de intervenção da CCRLVT, em plena elaboração do PROT –OVT, Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo, ilustres arquitectos, engenheiros, economistas, juristas, ambientalistas, políticos…., com uma visão egocêntrica focada para o conhecimento teórico/académico, na centralização demográfica das grandes urbes, projectando territórios extensivos de povoamento disperso, pretendem ignorar a realidade fundiária e social da sub - Região Oeste, em particular do concelho do Bombarral.
È a através do PROT – OVT, que vão ser criadas as linhas mestras de orientação e correcção dos PDMs, Planos Directores Municipais, por exemplo as áreas de construção parcelar
A área de intervenção do PROT – OVT é constituída pelas sub – regiões do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, 800000 habitantes, 33 municipios e 8792 Km2.
È natural, num território desta grandeza, que existam assimetrias e especificidades a respeitar e a estudar, não podem criar normas ou regulamentos fechados.
È aqui que a CIO - Comunidade Intermunicipal do Oeste tem de intervir, porque a estrutura fundiária da Região Oeste, é muito diferente do Ribatejo ou Alentejo, há que respeitar as especificidades concelhias, a sua densidade demográfica e ordenamento do território.
È aqui que a Câmara Municipal do Bombarral tem de arrepiar caminho e não ficar á espera que os outros defendam os interesses do Bombarral. Não pode aceitar que para todos os territórios acima descritos sejam criados regulamentos idênticos. Não pode aceitar que a área de construção em parcelas rurais seja igual no Oeste, ao Ribatejo ou Alentejo.
A Câmara Municipal do Bombarral não pode aceitar que as parcelas de construção em território rural, passem de 5000m2 para 40000m2, como a maioria das entidades representadas no PROT-OVT, pretendem.
A Câmara Municipal do Bombarral tem de defender as especificidades dos interesses concelhios, procurando agrupar – se aos Municípios que pretendem estabelecer áreas parcelares de construção de acordo com a realidade territorial e social dos seus concelhos, e para tal encetar conversações directamente ou através da CIO – Comunidade Intermunicipal do Oeste, com o Ministério do Ambiente Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional.
Esta questão e determinante para o futuro do desenvolvimento económico e social do concelho do Bombarral. No actual PDM as áreas de construção são de 5000 m2 em Reserva Agro – Florestal e 10000 m2 em Reserva Agricola.
Estas áreas são muito difíceis de encontrar no concelho do Bombarral, dado que a sua estrutura fundiária, é de minifundo, e essa dificuldade tem afastado para os concelhos limítrofes a instalação de estruturas industriais, comerciais, turísticas e habitacionais. A Câmara Municipal do Bombarral tem que manter as áreas actuais, com novos procedimentos administrativos, de forma a agilizar a apreciação e aprovação de projectos habitacionais para a instalação de pessoas e uso turístico, industrias limpas e ino

domingo, 19 de abril de 2009

Museu Agricola e Etnográfico do Oeste


Museu Agricola e Etnográfico do Oeste e Hotel 3 Estrelas IVV- Bombarral

Mais uma vez dignos representantes do Ministério da Agricultura perante comportamentos pachorrentos de alguns autarcas, demonstram quanto consideram a comunidade rural da Região Oeste, procurando aniquilar a sua cultura, destruindo elementos estruturais com história, privando as gerações futuras de mergulharem na génese das origens da memória histórica das comunidades envolventes.
Temos como exemplo o património da antiga Junta Nacional dos Vinhos, actual IVV, pago em grande parte pelos agricultores / viticultores através de taxas calculadas de acordo com os litros de vinho produzidos e agora vendido ou melhor delapidado á revelia das comunidades do Mundo Rural.
Hoje vou debruçar –me sobre dois casos que tem merecido uma atenção particular, há vários anos, as instalações do IVV do Bombarral e Torres Vedras.
A AAO – Associação de Agricultores do Oeste durante 2007 e 2008, fez parte da Comissão Mista da CCDRVLT – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo – Grupo de Economia, por estar sedeada no Bombarral, foi convidada a apresentar uma proposta de projecto que objectivasse um projecto estruturante, aproveitando património construído, com hipóteses de valorização cultural, social e económica, com prioridade máxima nas candidaturas a apresentar no actual Quadro Comunitário Apoio – QREN, possibilitando a garantia de financiamento comunitário no actual Quadro Comunitário de Apoio.
A AAO, dentro dos seus limitados recursos, já a ser vitima de tentativas de estrangulamento estrutural a nível local e regional, uma vez que as vozes da realidade que não alinham com a mediocridade, são incomodas, e na actualidade com as novas práticas em nome da democracia, estão fragilizadas e sujeitas ás tentativas de afogamento nas águas turvas da cidadania politica actual, mas mesmo assim remou contra a maré e apresentou a seguinte proposta: :
A criação de o “ Museu Agricola e Etnográfico do Oeste” e um Hotel Rural 3 estrelas, com parque de estacionamento para autocarros e autocaravanas nas antigas instalações do IVV, no Cintrão – Bombarral. Convém relembrar que autocarros de turismo e autocaravanas não tem estacionamentos no concelho de Bombarral.
Estas instalações do IVV, no Cintrão – Bombarral, possuem uma área urbanizável de 40000m2, ocupada por um pavilhão onde está instalado Alambique Gigante, cuja história está ligada á produção de milhões de litros de aguardente, e naturalmente potencia a alavancagem de exposição permanente de uma colecção oferecida por um cidadão Oestino, constituída por: Bombas de Vinho fabricadas no Bombarral nos fins do sec. XVIII até ao sec. XX, Lagares Vinho com Vara em Madeira e Pedra, Lagares de Azeite, Oficinas de Ferreiro Completas, Carros de Bois, Galeras, Carroças, Charrettes, Coches, Tinas, Túneis, Barris, Balanças de Pesos, Balanças Decimais, Charruas em Madeira e Ferro, Cabaços, Prensas de Trinco, Hidráulicas, Esmagadores, Tulhas, Moinhos de Vento, Pás de Valador, Serrotes, Serrões, Enxadas, Pás de Eira, Malhais, Desengaçadores, Descamisadores, Sarilhos, Vestimentas de Festa e Trabalho …
Para além do pavilhão descrito também possui vários Balões Gigantes em cimento, que actualmente ainda armazenam vinho de origem desconhecida, e tem um historial muito duvidoso, várias vezes referenciado pela fiscalização estatal como a catedral do vinho a martelo, denegrindo a imagem do vinho do Bombarral e Oeste e arruinando os seus viticultores, sob a passividade das autoridades locais e nacionais, um Balão Gigante em inox, onde ao longo dos anos foram armazenados milhares de litros de aguardente de excelente qualidade muitas vezes em transito para o Vinho do Porto e vários armazéns e terrenos, que devidamente estudados, possibilitam aproveitamento para uso do turismo cultural.
Pensamos que com conhecimento de causa, bairrismo e orgulho na génese rural do concelho do Bombarral e Região Oeste, não é difícil, caso a Câmara Municipal do Bombarral demonstre vontade, conseguir parcerias com grupos económicos ligados ao turismo, desenvolvimento rural, hotelaria, museus …, aproveitando os financiamentos comunitários e negociar com o IVV e Ministério da Agricultura.
Este projecto pode ser muito válido do ponto vista histórico, cultural/pedagógico, turístico, económico, marketing institucional e na criação de empregos
A AAO solicitou apoio á Câmara Municipal do Bombarral, para reforçar e formalizar a apresentação desta proposta em tempo útil na CCDRLVT e nas negociações das contrapartidas pela mudança de local do aeroporto da Ota, e ainda hoje esta á espera da resposta.
È importante que a Câmara Municipal do Bombarral, não fique novamente á espera que os outros resolvam os problemas do Bombarral e deixe perder o património do IVV, no Cintrão – Bombarral.
Basta olhar com atenção, para o trabalho que alguns autarcas dos concelhos vizinhos desenvolvem.
Em Torres Vedras, nas instalações do IVV, vão construir um “Centro de Ciência Viva” , na Lourinhã o “ Parque do Dinossáurio”, com financiamentos comunitários garantidos, graças á pressão constante dos seus autarcas junto dos foros de decisão respectivos, em particular nas acções desenvolvidas em defesa dos seus concelhos, negociando contrapartidas pela mudança do Aeroporto da Ota e no Plano de Acção do Oeste, assinado com o ministro Mário Lino.

domingo, 15 de março de 2009

Que Futuro para a Agricultura, Comercio e Serviços

A agricultura é uma actividade económica com grande impacto social, num País, como Portugal.
Ao longo da historia Lusíada, houve interesses de grupos sócio - políticos de inspiração feudal, que secundarizou as potencialidades de desenvolvimento do sector secundário, condenando a industrialização de matérias primas de um império desaproveitado, obrigando á ocupação quase exclusiva nos trabalhos braçais da ruralidade, de uma parte de um povo vergado pela fatalidade da luta pela sobrevivência.
A agricultura como actividade sectorial primaria, subdesenvolvida, cuja especialização era a força braçal, serviu ás mil maravilhas como capa de politicas estatais privilegiando o obscurantismo, desviando jovens rapazes e raparigas dos meios rurais dos bancos da escola.
A eles ofereceu como canetas, os cabos que lhes permitia servirem – se das enxadas para enfrentar uma luta diária com a terra, a elas os arcos das cestas com o almoço para pais e irmãos, palmilhando Km, e no regresso a casa apanharem e transportarem á cabeça uma saca de erva para alimentarem coelhos ou uma cabra, cuja carne ou leite, consumidos ou vendidos, aliviavam o paupérrimo orçamento familiar.
De uma maneira geral, a vida de quem dependia exclusivamente do sector da produção ou trabalho agricola, estava no limiar das necessidades básicas, a alimentação era escassa, a habitação rudimentar, com o alguidar no quintal ou na própria cozinha a substituir a banheira de uma casa de banho que não existia, a escola era uma miragem para aqueles que ao deitar já sabiam que não tinham mata bicho….
Felizmente, nas ultimas 3 décadas as coisas mudaram, as pessoas que vivem no meio rural, começaram a poder ter uma vida decente
Em particular na Região Oeste, devido a interesses económicos, alteração de hábitos alimentares e condições micro – climáticas, a agricultura desenvolveu – se, potenciou a expansão de culturas como os cereais, vinha, fruticultura e horticultura.
Entretanto surgiu a CEE, as promessas, os projectos financiados, as dividas á banca e a entrada de subsídios. Estas dividas á banca e os subsídios pagaram tractores, alfaias, sistemas de rega, estufas, furos artesianos, poços, puxadas de electricidade, regas gota a gota, jipes, armazéns, casas de habitação, pavilhões avícolas, suiniculturas, pecuárias de carne e leite, centrais fruteiras, adegas cooperativas, automóveis…
Os jovens agricultores acreditaram, os agricultores acreditaram, começaram a produzir produtos de qualidade, a organizarem – se para fazer face ás inovadoras exigências dos mercados…eram os mercados de origem, os mercados abastecedores, era o MARL, era a normalização dos produtos agricolas, era o mundo novo….
Tudo isto foi importante para a macroeconomia Nacional e regional, movimentou a construção civil, as empresas de maquinaria e equipamentos, os serviços de apoio contabilístico e fiscal, os apoios jurídicos e de solicitadoria, os serviços de engenharia e arquitectura, a industria das paletes e caixas, a industria de viveiros, empresas de electricidade e equipamentos, oficinas de mecânica e serralharia, industria de reclames luminosos, a restauração, o comércio tradicional em geral, a abertura de agencias bancárias…. para confirmar é só comparar com a actualidade.
Entretanto os hábeis políticos portugueses, há mais de uma dezena de anos começaram a atraiçoar uma classe social, os agricultores, que devia ser respeitada.
Anteciparam a abertura de fronteiras aos produtos agricolas comunitários e dos países terceiros, e começaram a grande tarefa de liquidar a produção agricola portuguesa, asfixiando a agricultura familiar, principal produtora e empregadora em troca dos grandes ordenados e reformas como gestores de empresas publicas e privadas sustentadas pelos impostos pagos pelos portugueses, através das grandes portas escancaradas para a fraude, chamadas construção de pontes, auto – estradas, estádios de futebol, aeroportos, TGV, e outras obras publicas …. com sociais derrapagens financeiras.
Actualmente, os agricultores na Região Oeste, onde predomina a agricultura familiar, não tem hipóteses de sobreviver.
Ás empresas agricolas familiares não lhe foram dadas possibilidades de reconverter, emparcelar, ganhar dimensão económica, não tem capacidade financeira, actualmente não tem crédito, como é que podem investir, inovar, crescer e ganhar competitividade?
Como é que sobrevivem e ganham competitividade, sem a regulação dos mercados, onde o produtor vende abaixo dos custos de produção e não sabe quando recebe?
Fala –se no Turismo , mais uma falácia, destinado a um espaço rural morto sem homens e mulheres, porque não se valoriza a função social e demográfica de fixar populações.
Não bastava a subida desenfreada dos factores de produção, como se prepara mais uma maldade apontada aos agricultores, a obrigatoriedade do pagamento de uma taxa de utilização da água na agricultura, mesmo utilizando estruturas de captação e armazenamento próprias.
È uma verdadeira palhaçada, querem imitar Espanha, mas as estruturas de captação, armazenamento e distribuição de agua, foram pagas pelo estado espanhol, muitas são do tempo do Franco, funcionam bem e os agricultores espanhóis pagam taxas simbólicas, é só comparar com as barragens da Atouguia da Baleia, Obidos, Alvorninha e Sobrena foram construídas com dinheiro da agricultura, mas não estão ao serviço dos produtores agricolas.
.Não há duvidas, os actuais governantes parecem danadinhos para obrigarem as populações dos meios rurais a regredirem 3 décadas…mas que democracia ?Que futuro na terra da Maçã, Pera Rocha, Vinho e Horticultura, para o comércio, industria e serviços.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Autarquia e a Guitarra

As autarquias passam por dificuldades económicas, começam a esgotar a capacidade de endividamento, falta –lhes dinheiro para cumprir pagamentos junto de fornecedores de serviços, equipamentos e materiais consumíveis.
Fala – se no comércio tradicional, na sua crise, mas as ajudas que algumas câmaras municipais dão, é comprar fora do concelho e quando compram dentro ficam a dever.
Mas continuam a não ter rigor orçamental. Compram algumas coisas necessárias, mas muitas vezes disfarçam negócios supérfluos, mandam fazer obras de fachada a coberto dos fundos comunitários, com derrapagens orçamentais não fiscalizadas, sem estabelecer prioridades de acordo com as necessidades básicas das populações
Em muitos casos são geridas por presidentes e vereadores sem formação académica e consequentemente cívica, sobra – lhe em arrogância o que lhe falta em humildade e conhecimento, tem uma frágil liderança, não possuem competências técnicas ou empíricas, são obrigados a manter um diálogo de surdos, com os políticos, cidadãos, técnicos e funcionários autárquicos, dando origem a uma cultura institucional de contornos dramaticamente medíocres.
Uma autarquia onde não há liderança e chefia no topo da pirâmide, não pode ter capacidade de chefias intermédias ao nível da base, não tem estratégia de desenvolvimento, os seus mandantes ficam cada vez mais sós, isolados da população em geral, longe das opiniões e das soluções para realizarem uma gestão autárquica de acordo com os interesses das populações que os elegem, e então surge o disparate atrás de disparate.
Estão isolados, não tem informação, falta – lhes os apoios, ficam á mercê de gente sem escrúpulos e começa o descalabro.
Constroem praças publicas sem casas de banho ou estacionamentos, escolas deslocalizadas dos aglomerados populacionais, tem dificuldade em recuperar e por os edifícios públicos ao serviço da cultura e das populações, as obras publicas andam a passo de caracol e não chegam ao fim, não conseguem ordenar o transito dentro das povoações, identificar um sector ancora da economia concelhia, produzir um plano estratégico de Marketing Institucional concelhio, ignoram os buracos nas ruas e o saneamento básico nas aldeias, o apoio ás empresas e criação de emprego, as alterações ao PDM de acordo com as especificidades concelhias e interesse dos cidadãos, as carências de recursos humanos e das estruturas de apoio á saude…..
Esta tipologia de autarcas, são ultrapassados pela dinâmica do Mundo Actual, fogem a sete pés da inovação, são alérgicos ás novas tecnologias, desconhecem as vantagens económicas e ambientais das energias renováveis.
Olham em redor para os concelhos vizinhos, vêem um horizonte visual recheado de aerogeradores, produzindo energia eléctrica menos poluente e receitas financeiras para os cofres das autarquias e dos proprietários onde esses moinhos são instalados, mas para o seu concelho nada interessa, ficam á espera de um qualquer milagre.
Um pequeno concelho como Bombarral, com uma orografia privilegiada, de peito feito para os ventos da aberta Atlântica, não é difícil instalar uns parques eólicos, a produzirem uma receita liquida de 100.000 contos ano ( moeda antiga). e as micro e mini eólicas, assim como as fotovoltaicas….podem ser importantes na redução de custos orçamentais e reais das empresas agricolas, comerciais, industriais e custos energéticos do parque habitacional.
Com uma verba de 100.000 contos ano, complementar ás dotações orçamentais estatais, quantos subsídios podem ser dados ás associações económicas, culturais, educacionais, desportivas, e de solidariedade social ?
Quantas candidaturas aos fundos comunitários financiadas a mais de 50% ou 60% ?
Afinal, o grande problema das autarquias e idêntico ao do guitarrista, não basta ter um grande instrumento, é preciso é ter unhas.